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Ótimos cursos onlines recomendado por Ensinando Elétrica
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Apostila completa Eletricista Predial
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Como dimensionar o fio Elétrico na Instalação
Como Dimensionar o Fio Elétrico
A distância que a corrente elétrica tem de percorrer ao longo do fio, também influí no seu dimensionamento (escolha do número), como será visto adiante através de um exemplo numérico.
O dimensionamento incorreto, resulta na diminuição da eficiência e no sobreaquecimento do fio que, em consequência, pode resultar em curto-circúito, perigo de choques e incêndio.
Exemplo:
Dimensionar um fio elétrico para conduzir a corrente de 10 kVA (quilo-volts-amperes), cos-fi=0,85, a 110 m de distância, num circúito de força motriz , trifásico de 220 V.
Solução:
Cálculo da intensidade da corrente:
dV = raiz(3) . V . I . cos-fi onde:
dV = queda de tensão (em Volts)
V = voltagem (em Volts)
I = intensidade (em Amperes)
cos-fi = característica da corrente (tabelada).
10000 = 1,7 x 220 x I x 0,85
I = 30,87 A
Na tabela abaixo, entrando-se com A=40 (valor imediatamente superior ao 30,87 calculado), seleciona-se o fio número 12, que possui a resistência de 5,38 ohms/km ou 0,00538 ohms/m. Agora podemos calcular a queda de tensão no circúito:
dV = raiz(3) . R . L . I . cos-fi onde L = distância (em metros)
dV = 1,7 x 0,00538 x 110 x 30,87 x 0,85 = 26,9 V
dV% = (26,9/220) x 100 = 12,2 % (> 5 %)
A Norma Brasileira NBR 5410 diz que a queda de tensão máxima permitida para força motriz e aquecimento é de 5 %. Portanto, o fio No. 12 não atende e, devemos escolher um de maior diâmetro. Tomemos, na Tabela, o imediatamente superior ao 12, que é o fio No.10 e refazemos o cálculo (agora com o valor R=2,13/1000=0,00213):
dV = 1,7 x 0,00213 x 110 x 30,87 x 0,85 = 10,6 V
dV% = (10,6/220) x 100 = 4,8% (< 5 %)O.K.
Conclusão:
O fio indicado é o de número 10 AWG
Tabela em MM
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Apostilas Elétrica Gratuitas
Abaixo temos apostilas de elétrica eletrônica. Fique a vontade e seja sempre bem vindo no blog Ensinando Elétrica.
- ELETRICIDADE BÁSICA
- ELETRICISTA PREDIAL APOSTILA COMPLETA DO SENAI
- ELETRICIDADE-CEFET/SC
- SCHNEIDER ELECTRIC BRASIL - MANUAL DO ELETRICISTA
- SCHNEIDER ELECTRIC BRASIL - MANUAL RESIDENCIAL
- USO SEGURO ENERGIA ELÉTRICA-ANEEL
- ELÉTRICA RESIDENCIAL-PRYSMIAN
- ELETRICIDADE PREDIAL-SENAI/SP
- ELABORAÇÃO DE PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL
- MANUAL E CATALOGO DO ELETRICISTA-SCHNEIDER ELETRIC
- INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS-IFSC
- MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL-FIESC/SENAI
- MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
- [PROVA]ELETRICISTA INDUSTRIAL
- ELETRICISTA MONTADOR-MEDIDAS ELÉTRICAS-PROMINP
- ELETRICISTA MONTADOR - ODEBRECHT
- COMANDOS ELÉTRICOS
- MÁQUINAS E COMANDOS ELÉTRICOS
- COMANDOS E MOTORES ELÉTRICOS
- MOTORES ELÉTRICOS-USP
- MOTORES DE PASSO
- MOTORES MONOFÁSICOS
- MOTOR BIFÁSICO
- MOTORES TRIFÁSICOS
- MOTORES DE INDUÇÃO
- MANUAL MOTORES ELÉTRICOS WEG
- ACIONAMENTO MOTOR BIFÁSICO
- MOTORES E GERADORES
- GERADORES ELÉTRICOS
- GERADORES ELÉTRICOS-RESUMO
- PROTEÇÃO DE GERADORES
- TURBOGERADORES-WEG
- DISPOSITIVOS E COMANDOS ELÉTRICOS DE BAIXA TENSÃO
- INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS
- INTRODUÇÃO A INVERSORES DE FREQUÊNCIA
- INVERSORES DE FREQUÊNCIA
- INVERSORES DE FREQUÊNCIA CFW09-WEG
- INVERSOR POWERFLEX 40P-ROCKWELL
- CONVERSORES DE FREQUÊNCIA E SOFT STARTERS
- SOFT STARTER-ARRANCADOR SUAVE SSW04-WEG
- SOFTSTARTER HANDBOOK-ABB
- ACIONAMENTO ELETRÔNICO POR SOFT STARTER-IFES
- NR10-SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
- SUBESTAÇÕES-THEMAG
- SUBESTAÇÕES:TIPOS,EQUIPAMENTOS E PROTEÇÃO
- TRANSFORMADORES ELÉTRICOS
- TRANSFORMADORES-FAG
- TRANSFORMADORES-CLAITONFRANCHI
- PAINÉIS ELÉTRICOS E CCM's DE BAIXA TENSÃO
- CENTRO DE CONTROLE DE MOTORES BAIXA TENSÃO-WEG
- PROJETO DE UM CCM DE INTELIGENTE-UFES
- COMPRESSORES DE PISTÃO
- CONTATORES E RELES DE SOBRECARGA
- FOTOCÉLULA PROGRAMÁVEL
- SENSORES-UNESP
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Ensinando Eletrica by Electron, escolha a matéria.
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Diagramas de comando estrela - triangulo p/ motores de 12 pontas
Olá Galera tenho recebido bastante pedido para postar como faz a ligação estrela - triangulo para motores de 12 pontas, pois bem está pronta, abaixo temos estrela - triangulo para tensões de rede, 220V, 380V, 440V. esses diagramas é somente para motores de 12 pontas.
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DIAGRAMA DE TRABALHO, ESTRELA - TRIANGULO CUJA REDE SEJA 220V.
DIAGRAMA DE COMANDO DO ESTRELA - TRIANGULO 12 PONTAS CUJA REDE 220V. SE REFERE AO DESENHO ACIMA.
DIAGRAMA DE TRABALHO E COMANDO ESTRELA - TRIANGULO 12 PONTAS CUJA TENSÃO DE REDE SEJA 380V.
FECHAMENTO DO MOTOR NO DIAGRAMA ACIMA.
OBS: 760V TAMBEM PODE SER 660V.
DIAGRAMA DE POTENCIA E COMANDO ESTRELA - TRIANGULO MOTOR 12 PONTAS CUJA TENSÃO DE REDE SEJA 440V.
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DIAGRAMA DE TRABALHO, ESTRELA - TRIANGULO CUJA REDE SEJA 220V.
DIAGRAMA DE COMANDO DO ESTRELA - TRIANGULO 12 PONTAS CUJA REDE 220V. SE REFERE AO DESENHO ACIMA.
Diagrama estrela triangulo 12 pontas simplificado para rede 220V
Diagrama do comando acima.
DIAGRAMA DE TRABALHO E COMANDO ESTRELA - TRIANGULO 12 PONTAS CUJA TENSÃO DE REDE SEJA 380V.
FECHAMENTO DO MOTOR NO DIAGRAMA ACIMA.
OBS: 760V TAMBEM PODE SER 660V.
DIAGRAMA DE POTENCIA E COMANDO ESTRELA - TRIANGULO MOTOR 12 PONTAS CUJA TENSÃO DE REDE SEJA 440V.
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Por que cores cores diferentes nos fios e cabos condutores?
Prezados seguidores as duvidas são para serem esclarecidas.
Acredito que nesta ou em quaisquer matérias existam duvidas e o blog que é um meio de divulgação espontânea, tem como finalidade expor e esclarecer as duvidas quando necessário. Este assunto é um dos mais questionados e geram duvidas de muitos seguidores, o porquê das cores dos fios e cabos condutores de eletricidade.
Padrão de cores para os condutores elétricos – Baixa Tensão
Os fios e cabos possuem isolação colorida para identificar a função de cada condutor e também facilitar nos manuseios de manutenções futuras.
Para as instalações elétricas de baixa tensão, a NBR 5410 determina o padrão de cores que deve ser usado para os condutores elétricos.
CONDUTOR NEUTRO
Para o neutro, deve ser usado condutor com isolação na cor azul claro (NBR 5410:2004 item 6.1.5.3.1).
CONDUTOR DE PROTEÇÃO
Para o condutor de proteção (PE), popularmente conhecido como fio terra, deve ser usado condutor com isolação na dupla coloração verde ou verde e amarelo (NBR 5410:2004 item 6.1.5.3.2).
CONDUTOR DE PROTEÇÃO TERRA OU PEN
Se o condutor tiver as duas funções: neutro e proteção, é chamado de “condutor PEN” e deverá ter isolação na cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis (NBR 5410:2004 item 6.1.5.3.3).
Obs.: O condutor PEN só é permitido em alguns casos especiais estabelecidos pela NBR 5410:2004, conforme item 5.4.3.6 e o item 6.4.3.4.1.
CONDUTORES FASES E RETORNOS
Para os condutores fase, usar as demais cores com exceção daquelas já utilizadas nos condutores: neutro, proteção e PEN.
NOTA: Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de isolação exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com a dupla coloração verde-amarela, cores exclusivas do condutor de proteção.
Atenção:
Em muitas instalações elétricas, infelizmente o padrão oficial de cores não foi utilizado. Por isso, antes de fazer novas conexões, não confie somente na cor do fio, confirme antes a função de cada condutor.
Dicas para confirmar a função dos condutores:
Consultar diagramas da instalação;
Medir com o multímetro a tensão presente em cada condutor;
Verificar na origem da instalação (quadro de distribuição) quais foram os condutores utilizados para cada função.
Equipe: FONTE - REDES ELÉTRICAS
Acredito que nesta ou em quaisquer matérias existam duvidas e o blog que é um meio de divulgação espontânea, tem como finalidade expor e esclarecer as duvidas quando necessário. Este assunto é um dos mais questionados e geram duvidas de muitos seguidores, o porquê das cores dos fios e cabos condutores de eletricidade.
Padrão de cores para os condutores elétricos – Baixa Tensão
Os fios e cabos possuem isolação colorida para identificar a função de cada condutor e também facilitar nos manuseios de manutenções futuras.
Para as instalações elétricas de baixa tensão, a NBR 5410 determina o padrão de cores que deve ser usado para os condutores elétricos.
CONDUTOR NEUTRO
Para o neutro, deve ser usado condutor com isolação na cor azul claro (NBR 5410:2004 item 6.1.5.3.1).
CONDUTOR DE PROTEÇÃO
Para o condutor de proteção (PE), popularmente conhecido como fio terra, deve ser usado condutor com isolação na dupla coloração verde ou verde e amarelo (NBR 5410:2004 item 6.1.5.3.2).
CONDUTOR DE PROTEÇÃO TERRA OU PEN
Se o condutor tiver as duas funções: neutro e proteção, é chamado de “condutor PEN” e deverá ter isolação na cor azul-claro, com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis (NBR 5410:2004 item 6.1.5.3.3).
Obs.: O condutor PEN só é permitido em alguns casos especiais estabelecidos pela NBR 5410:2004, conforme item 5.4.3.6 e o item 6.4.3.4.1.
CONDUTORES FASES E RETORNOS
Para os condutores fase, usar as demais cores com exceção daquelas já utilizadas nos condutores: neutro, proteção e PEN.
NOTA: Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de isolação exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com a dupla coloração verde-amarela, cores exclusivas do condutor de proteção.
Atenção:
Em muitas instalações elétricas, infelizmente o padrão oficial de cores não foi utilizado. Por isso, antes de fazer novas conexões, não confie somente na cor do fio, confirme antes a função de cada condutor.
Dicas para confirmar a função dos condutores:
Consultar diagramas da instalação;
Medir com o multímetro a tensão presente em cada condutor;
Verificar na origem da instalação (quadro de distribuição) quais foram os condutores utilizados para cada função.
Equipe: FONTE - REDES ELÉTRICAS
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Posição de Disjuntores
Pela regra da vida, existe um começo e um fim. Através deste principio devemos também cumprir criteriosamente todos os outros existentes.
Falando em disjuntor, é um acessório de proteção termo magnético utilizado em circuitos elétricos que tem a finalidade de proteger os equipamentos e os condutores. Como todo equipamento elétrico de proteção e comutação tem a entrada e saída, quer dizer o condutor de entrada é ligado no terminal de entrada e a sua saída no terminal de saída.
Ao abrir os olhos nos deparamos com situações que não nos deixa em duvidas por saber o que é correto. Vejamos alguns exemplos que talvez não nos cause nenhum dano. Ex. Ninguém veste uma calça pela perna e sim pela cintura, ninguém calça um sapato pelo calcanhar e sim pelos dedos dos pés e por ai vai obedecendo aos princípios da natureza.
Ninguém faz uma ligação hidráulica com saída de agua por cima da caixa e a entrada por baixo.
Quando algum produto característico de manobra é lançado, com certeza passou por muitos procedimento e testes, isso comprova que existe um começo e um fim.
Resumindo, ninguém faz uma leitura de baixo para cima.
Porque nós ELETRICISTAS temos que ir ao contrario da natureza?
ENTRADA
SAÍDA
Nas distribuições horizontal de um quadro com barramentos bipolar ou tripolar, a alavanca dos disjuntores deverá estar voltada para o centro do barramento na posição de ligado, mas alguns “eletricistas” insistem em instalar os disjuntores na posição inversa.
O correto é os disjuntores do lado esquerdo do barramento ficam com a alavanca voltada para o lado direito quando ligado e os disjuntores do lado direito do barramento ficam com a alavanca dos disjuntores voltados para o lado esquerdo quando ligado.
Veja exemplos;
LIGAÇÃO ENTRADA VERTICAL SAÍDA HORIZONTAL
Não fique sem direção, consultem sempre os fabricantes de disjuntores e seus dispositivos específicos.
Equipe:FONTE REDES ELÉTRICAS
Falando em disjuntor, é um acessório de proteção termo magnético utilizado em circuitos elétricos que tem a finalidade de proteger os equipamentos e os condutores. Como todo equipamento elétrico de proteção e comutação tem a entrada e saída, quer dizer o condutor de entrada é ligado no terminal de entrada e a sua saída no terminal de saída.
Ao abrir os olhos nos deparamos com situações que não nos deixa em duvidas por saber o que é correto. Vejamos alguns exemplos que talvez não nos cause nenhum dano. Ex. Ninguém veste uma calça pela perna e sim pela cintura, ninguém calça um sapato pelo calcanhar e sim pelos dedos dos pés e por ai vai obedecendo aos princípios da natureza.
Ninguém faz uma ligação hidráulica com saída de agua por cima da caixa e a entrada por baixo.
Quando algum produto característico de manobra é lançado, com certeza passou por muitos procedimento e testes, isso comprova que existe um começo e um fim.
Resumindo, ninguém faz uma leitura de baixo para cima.
Porque nós ELETRICISTAS temos que ir ao contrario da natureza?
ENTRADA
SAÍDA
Nas distribuições horizontal de um quadro com barramentos bipolar ou tripolar, a alavanca dos disjuntores deverá estar voltada para o centro do barramento na posição de ligado, mas alguns “eletricistas” insistem em instalar os disjuntores na posição inversa.
O correto é os disjuntores do lado esquerdo do barramento ficam com a alavanca voltada para o lado direito quando ligado e os disjuntores do lado direito do barramento ficam com a alavanca dos disjuntores voltados para o lado esquerdo quando ligado.
Veja exemplos;
LIGAÇÃO ENTRADA VERTICAL SAÍDA HORIZONTAL
Não fique sem direção, consultem sempre os fabricantes de disjuntores e seus dispositivos específicos.
Equipe:FONTE REDES ELÉTRICAS
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Eletricidade Industrial
Hoje vou postar aqui um tutorial básico sobre comandos elétricos – como montar um contato de selo.
Na eletricidade industrial, um contato de selo é um comando largamente utilizado para fazer com que motores elétricos mantenham seu funcionamento após o usuário pulsar a botoeira que aciona o comando.
Lembrando que sempre antes de mexer com energia elétrica, você deve desligar os disjuntores ou fusíveis para que não ocorra nenhum acidente.
Neste tutorial iremos utilizar:
1 motor elétrico trifásico
1 contator com três contatos principais NA/NO e um contato auxiliar também NA/NO
1 botoeira NA/NO
1 botoeira NF/NC
Se você ainda não decorou ou já esqueceu o significado de NA, NO, NF ou NC, vamos recapitular:
NA – Normalmente Aberto, ou no inglês, NO – Normally Open;
NC – Normalmente Fechado, ou no inglês, NC – Normally Closed;
Eu descrevi abaixo da forma mais simples possível as ligações do contato de selo:
Na imagem acima, temos dois circuitos: o circuito de potência e o circuito de comando.
O circuito de potência é representado pelos três fios pretos (R, S, T), que entram em L1, L2 e L3 e saem respectivamente em T1, T2 e T3, aonde seguem até a borneira de fechamento no motor.
O circuito de comando envolve os fios azul, laranja e verde.
O fio Azul é o neutro do comando (isso pra um comando em 110V, caso contrário seria a fase 1), que vai para o contato A1 (bobina do contator).
O fio Laranja é a fase do comando, que passa primeiro pela botoeira NF/NC (botoeira vermelha) e segue para a botoeira NA/NC (botoeira verde). Da botoeira verde, ele segue para o contato A2 (bobina do contator).
O fio verde é o “Selo”, ele sai da botoeira NF/NC e vai para o contato auxiliar normalmente aberto.
Para fechar o Selo, interligamos a outra extremidade do contato auxiliar com o contato A2 (bobina do contator).
Ligue os disjuntores e faça o teste. Ao pulsar a botoeira verde, o contator deverá “atracar”, ou seja, entrar em funcionamento contínuo, e ao pressionar a botoeira vermelha, o contator deverá abortar seu funcionamento.
Na eletricidade industrial, um contato de selo é um comando largamente utilizado para fazer com que motores elétricos mantenham seu funcionamento após o usuário pulsar a botoeira que aciona o comando.
Lembrando que sempre antes de mexer com energia elétrica, você deve desligar os disjuntores ou fusíveis para que não ocorra nenhum acidente.
Neste tutorial iremos utilizar:
1 motor elétrico trifásico
1 contator com três contatos principais NA/NO e um contato auxiliar também NA/NO
1 botoeira NA/NO
1 botoeira NF/NC
Se você ainda não decorou ou já esqueceu o significado de NA, NO, NF ou NC, vamos recapitular:
NA – Normalmente Aberto, ou no inglês, NO – Normally Open;
NC – Normalmente Fechado, ou no inglês, NC – Normally Closed;
Eu descrevi abaixo da forma mais simples possível as ligações do contato de selo:
Na imagem acima, temos dois circuitos: o circuito de potência e o circuito de comando.
O circuito de potência é representado pelos três fios pretos (R, S, T), que entram em L1, L2 e L3 e saem respectivamente em T1, T2 e T3, aonde seguem até a borneira de fechamento no motor.
O circuito de comando envolve os fios azul, laranja e verde.
O fio Azul é o neutro do comando (isso pra um comando em 110V, caso contrário seria a fase 1), que vai para o contato A1 (bobina do contator).
O fio Laranja é a fase do comando, que passa primeiro pela botoeira NF/NC (botoeira vermelha) e segue para a botoeira NA/NC (botoeira verde). Da botoeira verde, ele segue para o contato A2 (bobina do contator).
O fio verde é o “Selo”, ele sai da botoeira NF/NC e vai para o contato auxiliar normalmente aberto.
Para fechar o Selo, interligamos a outra extremidade do contato auxiliar com o contato A2 (bobina do contator).
Ligue os disjuntores e faça o teste. Ao pulsar a botoeira verde, o contator deverá “atracar”, ou seja, entrar em funcionamento contínuo, e ao pressionar a botoeira vermelha, o contator deverá abortar seu funcionamento.
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Resumo sobre manutenções corretivas, preventivas e preditivas
CONCEITO DE MANUTENÇÃO PREDITIVA
Manutenção preditiva é aquela que indica as condições reais de funcionamento das máquinas com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradação. Trata-se da manutenção que prediz o tempo de vida útil dos componentes das máquinas e equipamentos e as condições para que esse tempo de vida seja bem aproveitado.
Na Europa, a manutenção preditiva é conhecida pelo nome de manutenção condicional e nos Estados Unidos recebe o nome de preditiva ou previsional.
OBJETIVOS DA MANUTENÇÃO PREDITIVA
Os objetivos da manutenção preditiva são:
Determinar, antecipadamente, a necessidade de serviços de manutenção numa peça específica de um equipamento;
Eliminar desmontagens desnecessárias para inspeção;
Aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos;
MANUTENÇÃO CORRETIVA
Manutenção corretiva é aquela de atendimento imediato à produção. Esse tipo de manutenção baseia-se na seguinte filosofia: “equipamento parou, manutenção conserta imediatamente”.
Não existe filosofia, teoria ou fórmula para dimensionar uma equipe de manutenção corretiva, pois nunca se sabe quando alguém vai ser solicitado para atender aos eventos que requerem a presença dos mantenedores. Por esse motivo, as empresas que não têm uma manutenção programada e bem administrada convivem com o caos, pois nunca haverá pessoal de manutenção suficiente para atender às solicitações. Mesmo que
venham a contar com pessoal de manutenção em quantidade suficiente, não saberão o que fazer com os mantenedores em épocas em que tudo caminha tranquilamente.
É por esse motivo que, normalmente, a manutenção aceita serviços de montagem para executar e nunca cumpre os prazos estabelecidos, pois há ocasiões em que terá de decidir se atende às emergências ou continua montando o que estava programado.
Como as ocorrências de emergência são inevitáveis, sempre haverá necessidade de uma equipe para esses atendimentos, mesmo porque, não se deve ter 100% de manutenção preventiva. Dependendo do equipamento, às vezes é mais conveniente, por motivos econômicos, deixá-lo parar e resolver o problema por atendimento de emergência.
Mesmo em empresas que não podem ter emergências, às vezes elas ocorrem com resultados geralmente catastróficos. Exemplo: empresas aéreas.
Nas empresas que convivem com emergências que podem redundar em desastres, deve haver uma equipe muito especial de manutenção, cuja função é eliminar ou minimizar essas emergências.
A filosofia que deve ser adotada é: “Emergências não ocorrem, são causadas. Elimine a causa e você não terá novamente a mesma emergência”.
ATENDIMENTO
A equipe de manutenção corretiva deve estar sempre em um local específico para ser encontrada facilmente e atender à produção de imediato.
Como a equipe não sabe o local onde vai atuar, o usuário com problemas deverá solicitar o atendimento por telefone, porém, para efeitos de registro e estatística, ele deverá emitir um documento com as seguintes informações:
Equipamento .......................... da seção ......................... parou às ......... horas do dia .....................
Um analista da equipe de manutenção corretiva atende ao chamado, verifica o que deve ser feito e emite uma ficha de execução para sanar o problema.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
A manutenção preventiva obedece a um padrão previamente esquematizado, que estabelece paradas periódicas com a finalidade de permitir a troca de peças gastas por novas, assegurando assim o funcionamento perfeito da máquina por um período predeterminado.
O método preventivo proporciona um determinado ritmo de trabalho, assegurando o equilíbrio necessário ao bom andamento das atividades.
O controle das peças de reposição é um problema que atinge todos os tipos de indústria. Uma das metas a que se propõe o órgão de manutenção preventiva é a diminuição sensível dos estoques. Isso se consegue com a organização dos prazos para reposição de peças. Assim, ajustam-se os investimentos para o setor.
Se uma peça de um conjunto que constitui um mecanismo estiver executando seu trabalho de forma irregular, ela estabelecerá, fatalmente, uma sobrecarga nas demais peças que estão interagindo com ela. Como conseqüência, a sobrecarga provocará a diminuição da vida útil das demais peças do conjunto. O problema só pode ser resolvido com a troca da peça problemática, com antecedência, para preservar as demais peças.
Em qualquer sistema industrial, a improvisação é um dos focos de prejuízo. É verdade que quando se improvisa pode-se evitar a paralisação da produção, mas perde-se em eficiência. A improvisação pode e deve ser evitada por meio de métodos preventivos estabelecidos pelos técnicos demanutenção preventiva. A aplicação de métodos preventivos assegura um trabalho uniforme e seguro.
O planejamento e a organização, fornecidos pelo método preventivo, são uma garantia aos homens da produção que podem controlar, dentro de uma faixa de erro mínimo, a entrada de novas encomendas.
Com o tempo, os industriais foram se conscientizando de que a máquina que funcionava ininterruptamente até quebrar acarretava vários problemas que poderiam ser evitados com simples paradas preventivas para lubrificação, troca de peças gastas e ajustes.
Com o auxílio dos relatórios escritos sobre os trabalhos realizados, são suprimidas as inconveniências das quebras inesperadas. Isso evita a difícil tarefa de trocas rápidas de máquinas e improvisações que causam o desespero do pessoal da manutenção corretiva.
A manutenção preventiva é um método aprovado e adotado atualmente em todos os setores industriais, pois abrange desde uma simples revisão – com paradas que não obedecem a uma rotina – até a utilização de sistemas de alto índice técnico.
A manutenção preventiva abrange cronogramas nos quais são traçados planos e revisões periódicas completas para todos os tipos de materiais utilizados nas oficinas. Ela inclui, também, levantamentos que visam facilitar sua própria introdução em futuras ampliações do corpo da fábrica.
A aplicação do sistema de manutenção preventiva não deve se restringir a setores, máquinas ou equipamentos. O sistema deve abranger todos os setores da indústria para garantir um perfeito entrosamento entre eles, de modo tal que, ao se constatar uma anomalia, as providências independam de qualquer outra regra que porventura venha a existir em uma oficina. Essa liberdade, dentro da indústria, é fundamental para o bom funcionamento do sistema preventivo.
O aparecimento de focos que ocasionam descontinuidade no programa deve ser encarado de maneira séria, organizando-se estudos que tomem por base os relatórios preenchidos por técnicos da manutenção. Estes deverão relatar, em linguagem simples e clara, todos os detalhes do problema em questão.
A manutenção preventiva nunca deverá ser confundida com o órgão de comando, apesar dela ditar algumas regras de conduta a serem seguidas pelo pessoal da fábrica. À manutenção preventiva cabe apenas o lugar de apoio ao sistema fabril.
O segredo para o sucesso da manutenção preventiva está na perfeita compreensão de seus conceitos por parte de todo o pessoal da fábrica, desde os operários à presidência.
A manutenção preventiva, por ter um alcance extenso e profundo, deve ser organizada. Se a organização da manutenção preventiva carecer da devida solidez, ela provocará desordens e confusões. Por outro lado, a capacidade e o espírito de cooperação dos técnicos são fatores importantes para a manutenção preventiva.
A manutenção preventiva deve, também, ser sistematizada para que o fluxo dos trabalhos se processe de modo correto e rápido. Sob esse aspecto, é necessário estabelecer qual deverá ser o sistema de informações empregado e os procedimentos adotados.
O desenvolvimento de um sistema de informações deve apresentar definições claras e objetivas e conter a delegação das responsabilidades de todos os elementos participantes. O fluxo das informações deverá fluir rapidamente entre todos os envolvidos na manutenção preventiva.
A manutenção preventiva exige, também, um plano para sua própria melhoria. Isto é conseguido por meio do planejamento, execução e verificação dos trabalhos que são indicadores para se buscar a melhoria dos métodos de manutenção, das técnicas de manutenção e da elevação dos níveis de controle . Esta é a dinâmica de uma instalação industrial.
Finalmente, para se efetivar a manutenção preventiva e alcançar os objetivos pretendidos com sua adoção, é necessário dispor de um período de tempo relativamente longo para contar com o concurso dos técnicos e dos dirigentes de alto gabarito. Isso vale a pena, pois a instalação do método de manutenção preventiva, pela maioria das grandes empresas industriais, é a prova concreta da pouca eficiência do método de manutenção corretiva.
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O que é Corrente elétrica?
Corrente elétrica
A corrente elétrica é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica , ou também, é o deslocamento de cargas dentro de um
condutor, quando existe uma diferença de potencial elétrico entre as extremidades. Tal deslocamento procura restabelecer o equilíbrio desfeito pela ação de um campo elétrico ou outros meios (reação química, atrito, luz, etc.).Sabe-se que, microscopicamente, as cargas livres estão em movimento aleatório devido à agitação térmica. Apesar desse movimento desordenado, ao estabelecermos um campo elétrico na região das cargas, verifica-se um movimento ordenado que se apresenta superposto ao primeiro. Esse movimento recebe o nome de movimento de deriva das cargas livres.
Raios são exemplos de corrente elétrica, bem como o vento solar, porém a mais conhecida, provavelmente, é a do fluxo de elétrons (português brasileiro) ou eletrões (português europeu) através de um condutor elétrico, geralmente metálico.
A intensidade I da corrente elétrica é definida como a razão entre o módulo da quantidade de carga ΔQ que atravessa certa secção transversal (corte feito ao longo da menor dimensão de um corpo) do condutor em um intervalo de tempo Δt.
A unidade padrão no SI para medida de intensidade de corrente é o ampère (A). A corrente elétrica é também chamada informalmente de amperagem. Embora seja um termo válido na linguagem coloquial, a maioria dos engenheiros eletricistas repudia o seu uso por confundir a grandeza física (corrente eléctrica) com a unidade que a medirá (ampère). A corrente elétrica, designada por I , é o fluxo das cargas de condução dentro de um material. A intensidade da corrente é a taxa de transferência da carga, igual à carga dQ transferida durante um intervalo infinitesimal dt dividida pelo tempo.
Conceito de corrente elétrica
Denominamos corrente elétrica a todo movimento ordenado de partículas eletrizadas. Para que esses movimentos ocorram é necessário haver tais partículas − íons ou elétrons − livres no interior dos corpos.
Corpos que possuem partículas eletrizadas livres em quantidades razoáveis são denominados condutores, pois essa característica permite estabelecer corrente elétrica em seu interior.
Nos metais existe grande quantidade de elétrons livres, em movimento desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um () no interior de um corpo metálico, esses movimentos passam a ser ordenados no sentido oposto ao do vetor campo elétrico (), constituindo a corrente elétrica.
Nas soluções eletrolíticas existe grande quantidade de cátions e ânions livres, em movimento é desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo elétrico () no interior de uma solução eletrolítica, esses movimentos passam a ser ordenados: o movimento dos cátions, no sentido do vetor campo elétrico (), e o dos ânions, no sentido oposto. Essa ordenação constitui a corrente elétrica.
Nos gases ionizados existe grande quantidade de cátions e elétrons livres, em movimento desordenado. Quando se cria, de alguma maneira, um campo elétrico () no interior de um gás ionizado, esses movimentos passam a ser ordenados: o movimento dos cátions, no sentido do vetor campo elétrico (), e o dos elétrons, no sentido oposto. Essa ordenação constitui a corrente elétrica.
Com a finalidade de facilitar o estudo das leis que regem os fenômenos ligados às correntes elétricas, costumamos adotar um sentido convencional para a , coincidente com o sentido do vetor campo elétrico () que a produziu.
Consequentemente, esse sentido será o mesmo do movimento das partículas eletrizadas positivamente e oposto ao das partículas eletrizadas negativamente.
Corrente contínua
Corrente contínua (CC ou DC - do inglês direct current) é o fluxo ordenado de cargas elétricas no mesmo sentido. Esse tipo de corrente é gerado por baterias de automóveis ou de motos (6, 12 ou 24V), pequenas baterias (geralmente de 9V), pilhas (1,2V e 1,5V), dínamos, células solares e fontes de alimentação de várias tecnologias, que retificam a corrente alternada para produzir corrente contínua.
Corrente alternada
A corrente alternada (CA ou AC - do inglês alternating current) é uma corrente elétrica cujo sentido varia no tempo, ao contrário da corrente contínua cujo sentido permanece constante ao longo do tempo. A forma de onda usual em um circuito de potência CA é senoidal por ser a forma de transmissão de energia mais eficiente. Entretanto, em certas aplicações, diferentes formas de ondas são utilizadas, tais como triangular ou ondas quadradas. Enquanto a fonte de corrente contínua é constituída pelos pólos positivo e negativo, a de corrente alternada é composta por fases (e, muitas vezes, pelo fio neutro).
Sentido da corrente
No início da história da eletricidade definiu-se o sentido da corrente elétrica como sendo o sentido do fluxo de cargas positivas , ou seja, as cargas que se movimentam do pólo positivo para o pólo negativo. Naquele tempo nada se conhecia sobre a estrutura dos átomos. Não se imaginava que em condutores sólidos as cargas positivas estão fortemente ligadas aos núcleos dos átomos e, portanto, não pode haver fluxo macroscópico de cargas positivas em condutores sólidos. No entanto, quando a física subatômica estabeleceu esse fato, o conceito anterior já estava arraigado e era amplamente utilizado em cálculos e representações para análise de circuitos.
Esse sentido continua a ser utilizado até os dias de hoje e é chamado sentido convencional da corrente. Em qualquer tipo de condutor, este é o sentido contrário ao fluxo líquido das cargas negativas ou o sentido do campo elétrico estabelecido no condutor. Na prática qualquer corrente elétrica pode ser representada por um fluxo de portadores positivos sem que disso decorram erros de cálculo ou quaisquer problemas práticos.
O sentido real da corrente elétrica depende da natureza do condutor. Nos sólidos as cargas cujo fluxo constituem a corrente real são os elétrons livres, nos líquidos os portadores de corrente são íons positivos e íons negativos, enquanto que nos gases são íons positivos, íons negativos e elétrons livres. O sentido real é o sentido do movimento de deriva das cargas elétricas livres (portadores). Esse movimento se dá no sentido contrário ao campo elétrico se os portadores forem negativos, caso dos condutores metálicos e no mesmo sentido do campo se os portadores forem positivos. Mas existem casos onde verificamos cargas se movimentando nos dois sentidos. Isso acontece quando o condutor apresenta os dois tipos de cargas livres, condutores iônicos por exemplo.
É interessante notar que, nesses casos onde portadores de carga dos dois tipos estão presentes, ambos contribuem para variações de carga com mesmo sinal em qualquer volume limitado do condutor, porque cargas positivas entrando no volume escolhido, ou cargas negativas saindo do volume escolhido, significam um aumento da quantidade de cargas positivas. Essa é a razão para ser necessário introduzir uma convenção de sentido para a corrente.
Transferência de Cargas
Por convenção, usa-se o sentido da transferência de cargas positivas para definir o sentido da corrente elétrica. Assim, se as cargas de condução forem eletrões, como acontece num metal, o sentido da corrente será oposto ao sentido do movimento dos eletrões. Por exemplo, o fio metálico na figura transporta corrente elétrica de B para A. Num determinado intervalo de tempo, a carga dos eletrões transportados de A para B é ; isso implica que a carga dos protões que se combinaram com os eletrões em B foi , e essa é também a carga dos protões que ficaram em A após a partida dos eletrões.
Consequentemente, é equivalente considerar que houve transporte de carga de A para B, ou transporte de carga de B para A. A corrente I é definida no sentido do transporte da carga positiva.
A carga total transferida durante um intervalo de tempo é o integral da corrente I , nesse intervalo:
No sistema internacional de unidades a unidade usada para medir a corrente elétrica é o ampere, designado pela letra A, que equivale à transferência de uma carga de um coulomb cada segundo:
Densidade de corrente
A corrente elétrica φ se relaciona com a densidade de corrente elétrica j através da fórmula
onde, no SI,
- φ é a corrente medida em ampères
- j é a "densidade de corrente" medida em ampères por metro quadrado
- A é a área pela qual a corrente circula, medida em metros quadrados
A densidade de corrente é definida como:
onde
- n é a densidade de partículas (número de partículas por unidade de volume)
- x é a massa, carga, ou outra característica na qual o fluxo poderia ser medido
- u é a velocidade média da partícula em cada volume
Densidade de corrente é de importante consideração em projetos de sistemas elétricos. A maioria dos condutores elétricos possuem uma resistência positiva finita, fazendo-os então dissipar potência na forma de calor. A densidade de corrente deve permanecer suficientemente baixa para prevenir que o condutor funda ou queime, ou que a isolação do material caia. Em super condutores, corrente excessiva pode gerar um campo magnético forte o suficiente para causar perda espontânea da propriedade de supercondução.
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NR-10 COMENTADA 100% RECOMENDADA
NORMA NR-10 COMPLETA COMENTADA - EDIÇÃO DE POSTAGEM POR ENSINANDO ELÉTRICA
"OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO"
10.1 á 10.14
10.1 Objetivo e campo de aplicação
10.1.1 Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece os requisitos e condições mínimas
que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente,
interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.
10.1.2 Esta NR se aplica a todas as fases de geração, transmissão, distribuição e consumo,
incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das
instalações elétricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-
se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência
ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.
10.2.1 Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas
preventivas de controle do “risco” elétrico e de outros “riscos adicionais”, mediante
técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e saúde no trabalho.
10.2.2 As medidas de controle adotadas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa,
no âmbito da preservação da segurança, saúde e do meio ambiente do trabalho.
10.2.3 As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das
instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.
10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e
manter o “Prontuário de Instalações Elétricas”, contendo além do disposto no item 10.2.3
no mínimo:
a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança
e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de
controle existentes;
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra
descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;
c) especificação dos “Equipamentos de Proteção Coletiva” e individual
e o ferramental, aplicáveis, conforme determina esta NR;
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação,
autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
e) resultados dos testes de “Isolação Elétrica” realizados em equipamentos
de proteção individual e coletiva;
f ) certificações dos equipamentos e materiais elétricos aplicados em
“áreas classificadas”.
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas
de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.
10.2.5 As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do
“Sistema Elétrico de Potência” devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4
e acrescentar os documentos listados a seguir:
a) descrição dos procedimentos para emergências;
b) certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual;
10.2.5.1 As empresas que realizam trabalhos em proximidade do Sistema Elétrico de
Potência devem constituir prontuário contemplando as alíneas “a”, “c”, “d” e “e”, do item
10.2.4 e alíneas “a” e “b” do item 10.2.5.
10.2.6 O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado
pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer
à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.
10.2.7 Os documentos técnicos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas devem
ser elaborados por profissional legalmente habilitado.
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"Comentários"
• O item 10.2.1, ao se referir a medidas preventivas de controle de risco,
descreve o que em Segurança do Trabalho se entende por atitude proativa,
ou seja: por meio de conscientização, treinamento adequado e técnicas
de análise de riscos (ferramentas gráficas), procura-se:
1) Identificar o risco;
2) Avaliar o risco;
3) Implementar medidas de controle.
Assim define-se o propósito do trabalho de um profissional da área de
segurança: “garantir a saúde e a integridade física do trabalhador”, e
que, por meio de treinamento adequado, deve ser também o propósito
de todos os trabalhadores não só em relação a si mesmos, como também
em relação aos seus companheiros de trabalho.
Note-se que não apenas os riscos referentes à área elétrica são
considerados, mas também os chamados riscos adicionais, como o risco
de queda (trabalho em altura), exposição a produtos químicos, acidentes
com ferramentas, etc.
• O item 10.2.2 refere-se à gestão integrada de saúde, segurança e meio
ambiente mencionada como política obrigatória das empresas.
• A NR-10, no sentido de implementar as medidas de controle de riscos
nos trabalhos com eletricidade, estabelece a obrigação de existência de
documentação técnica, como diagramas unifilares (em que três fios de
um sistema trifásico são representados por apenas um fio em diagramas
elétricos) para todas as empresas (item 10.2.3) e a criação do prontuário
técnico para as empresas com carga instalada acima de 75 kW (item
10.2.4).
O Prontuário de Instalações Elétricas é uma das mais importantes
inovações da NR-10, em vista da homogeneização do conjunto de
documentos técnicos obrigatórios nas empresas, como procedimentos
de segurança, relatórios de inspeções e testes de equipamentos, cadastro
de pessoal autorizado (item 10.8, comentários adiante), especificação
de equipamentos de proteção individual e coletivo (EPI e EPC),
certificações de equipamentos e dispositivos aplicados em áreas
classificadas.
Alterações nas instalações, substituições de equipamentos,
novos procedimentos de segurança, implementação de novas atividades
nas proximidades de Sistemas Elétricos de Potência, mudanças no
cadastro de trabalhadores obrigarão os responsáveis a atualizar o
Prontuário de Instalações Elétricas (item 10.2.4g).
• “Áreas classificadas” – (ver glossário e comentários do item
10.9 – Proteção contra incêndio e explosão).
• Ferramental – Em atividades elétricas, as ferramentas de mão, como,
por exemplo, alicates e chaves de fenda, têm sua empunhadura isolada
para evitar choques elétricos. Quando nos referimos a ferramentas
elétricas manuais (furadeiras, serras, etc.), a sua especificação deve
contemplar duplo isolamento, dando um maior grau de segurança à
separação de suas partes energizadas das suas partes metálicas, e
prevendo ainda recursos para aterramento. O item 10.2.4c garante a
necessidade da correta especificação (principalmente quanto ao nível de tensão)
para estes e outros equipamentos usados para atividades em instalações elétricas,
como “Caminhões MUNCK com cesta aérea”, para trabalhos em redes de Média Tensão (Linha Viva),
escadas duplas extensíveis, varas de manobra, coberturas isolantes
flexíveis para condutores. Esta necessidade aplica-se também com
relação aos EPC e EPI.
• Uma importante inovação, constante no item 10.2.5, diz respeito a
empresas que exerçam atividades nas proximidades de Sistemas
Elétricos de Potência (SEP) que estarão obrigadas a possuir além do
Prontuário de Instalações Elétricas, um Plano de Emergência e
Certificados de Aprovação dos Equipamentos de Proteção Coletiva
e Individual.
• Plano de Emergência (ver item 10.12 – Situação de emergência,
e comentários).
• A NR-6 (Equipamento de Proteção Individual – EPI), item 6.2, obriga as
empresas a só utilizarem EPIs que foram testados pelo órgão nacional
competente (empresas certificadoras reconhecidas pelo Sistema
Brasileiro de Certificação), e aprovado pelo Ministério do Trabalho e do
Emprego. Atestada a sua qualidade, um “Certificado de Aprovação (CA)”
é fornecido para cada equipamento (ver item 10.2.9 e comentários).
• Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA)
e Aterramento Elétrico, (item 10.2.4), ver item 10.2.8.3 e comentários.
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"MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA"
10.2.8 Medidas de proteção coletiva
10.2.8.1 Em todos os serviços executados em “Instalações Elétricas” devem ser previstas
e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante
“Procedimentos”, às atividades a serem desenvolvidas de forma a garantir a segurança e
a saúde dos trabalhadores.
10.2.8.2 As medidas de proteção coletiva compreendem prioritariamente a desenergização
elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de
tensão de segurança.
10.2.8.2.1 Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2.,
devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes
vivas, “Obstáculos”, “Barreiras”, sinalização, sistema de seccionamento automático de
alimentação, bloqueio do religamento automático.
10.2.8.3 O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação
estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às
Normas Internacionais vigentes.
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Comentarios:
• As medidas de Proteção Coletiva visam à proteção não só de
trabalhadores envolvidos com a atividade principal que será executada e
que gerou o risco, como também a proteção de outros funcionários que
possam executar atividades paralelas nos arredores, ou até passantes,
cujo percurso pode levá-los à exposição ao risco existente.
• Inicialmente, para trabalhos em instalações elétricas, o passo mais
importante seria a “DESENERGIZAÇÃO” dos circuitos ou equipamentos energizados.
• Caso não seja possível a desenergização dos circuitos ou
equipamentos, outros procedimentos e medidas de segurança deverão
ser utilizados, como: Emprego de “TENSÃO DE SEGURANÇA”, em que tensões abaixo de
50 V (extrabaixa) são utilizadas. Muitas ferramentas manuais podem ser
encontradas para a tensão de 24 V, para trabalhos em locais úmidos,
pois, com a umidade, a resistência do corpo humano diminui, e o poder
de isolamento dos equipamentos fica comprometido.
“ISOLAÇÃO DAS PARTES VIVAS”, que, através da utilização de materiais
isolantes, evita o risco de contato acidental com condutores ou
peças metálicas energizadas e conseqüente eletrocussão dos
trabalhadores envolvidos. Como exemplo, podemos citar a capa plástica
de isolamento em condutores.
“OBSTÁCULOS E BARREIRAS”, representados por cercas de madeira,
cercas de redes plásticas, cavaletes, cones, fitas vermelhas ou zebradas,
com sinalização reflexiva, cercas metálicas, etc. Pela definição,
obstáculos impedem o contato acidental, mas não o contato
intencional, e barreiras impedem todo e qualquer contato.
“SINALIZAÇÃO”, em que placas e cartazes alertam sobre: “PERIGO DE
VIDA”, “HOMENS TRABALHANDO NO EQUIPAMENTO”, “NÃO LIGUE
ESTA CHAVE”, “ALTA-TENSÃO”, etc.
Os trabalhos de manutenção em linhas elétricas aéreas ou subterrâneas
exigem a utilização de barreiras e sinalizações devido ao grande
movimento de transeuntes e veículos nas imediações.
“SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO”, inexistente
em algumas instalações mais antigas, permite a manobra de
dispositivos de seccionamento (disjuntores, chaves seccionadoras
para carga ou não) automática e remotamente, desenergizando os
circuitos ou instalações com mais segurança, para fins de manutenção.
O seccionamento automático, comandado através de relês de
proteção de diversos tipos, também protege as instalações e
funcionários presentes em diversas condições inesperadas de falha.
“BLOQUEIO DO RELIGAMENTO AUTOMÁTICO”, em sistemas que
possuem para evitar reenergização do circuito em manutenção e risco
de eletrocussão nos funcionários envolvidos.
Apesar de não mencionados especificamente, os relês de fuga para
terra ou, “Dispositivos Diferenciais Residuais”, são importantes
ferramentas para a proteção de trabalhadores ou outros em contatos
indiretos ou até contatos diretos. Trata-se de relês do tipo
diferencial que operam segundo o equilíbrio de correntes que entram
e saem do circuito, que estão equilibradas.
Em caso de contato acidental (por exemplo, uma pessoa tocando num ponto energizado,
ou por falta fase-massa num equipamento) há um desequilíbrio nas
correntes do circuito que produz um valor diferencial que fará o relê
atuar, desligando a alimentação. Como são muito rápidos, diminuem
o tempo de exposição a uma corrente, e conseqüentemente os danos
físicos em caso de choque elétrico em uma pessoa.
“ATERRAMENTO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS”, cuja função é
escoar para terra as cargas elétricas indesejáveis, que podem ser
decorrentes de falta fase-massa, indução eletromagnética, eletricidade
estática, e descargas atmosféricas. A falta fase-masssa decorre de contato
acidental de condutores energizados com materiais metálicos condutores
mas que não pertencem à instalação, como a caixa metálica que protege
um eletrodoméstico. O campo eletromagnético produzido por um circuito
elétrico pode, através do fenômeno da indução, produzir uma tensão
elétrica em um outro circuito desenergizado.
Um exemplo é o aparecimento de tensões em redes desligadas devido à existência de
outra rede ou linha de transmissão próximas. A eletricidade estática é
gerada através do atrito, podendo causar centelhamento e incêndio ou
explosão em áreas classificadas (ver item 10.9 – Proteção contra Incêndio
e Explosões e comentários). Descargas atmosféricas são os raios em
dias de tempestade, originadas por diferentes cargas elétricas geradas
nas nuvens, que podem escoar para o solo através de estruturas,
causando grandes acidentes e prejuízos. Essas quatro situações levam
a uma mesma solução de proteção coletiva: aterramento.
Um sistema de aterramento é formado por condutores, eletrodos e malha
de terra, se necessário. O princípio funcional é criar um caminho facilitado
para o escoamento dessas cargas elétricas para terra, através de um
circuito de baixa impedância. Isso protegerá os funcionários ou pessoas
que possam vir a ter contato (indireto) com essas estruturas
indevidamente energizadas. No caso de descargas atmosféricas temos
ainda o captador, uma estrela com pontas, no alto dos prédios (páraraios
tipo Franklin), e ligado ao condutor de descida.
Os contatos diretos são com pontos normalmente energizados; contatos
indiretos são com partes metálicas das estruturas mas que não pertencem
ao circuito elétrico, e que se encontram acidentalmente energizadas.
A eqüipotencialização evita com que haja uma diferença de potencial
entre partes metálicas de uma estrutura que não pertencem ao circuito
elétrico, mas que se estiverem nessa situação causarão um choque
elétrico em pessoas que as tocarem simultaneamente. A ligação
eqüipotencial principal interliga todas as estruturas que não façam parte
do circuito elétrico com o terminal de aterramento principal. As ligações
eqüipotenciais secundárias interligam as massas e partes condutoras
da estrutura entre si, neutralizando o risco de choque elétrico entre partes
metálicas diferentes.
A eqüipotencialização pode ser observada durante o aterramento
temporário, onde, por exemplo, condutores trifásicos são ligados entre si
e depois ao dispositivo de aterramento temporário do conjunto.
• Principais equipamentos de Proteção Coletiva:
Coletes reflexivos;
Fitas de demarcação, reflexivas;
Coberturas isolantes;
Cones de sinalização (75 cm, com fitas reflexivas);
Conjuntos para aterramento temporário;
Detectores de tensão para BT e AT, imprescindíveis em procedimentos
de segurança com teste de circuitos ou equipamentos que devam estar
efetivamente desenergizados para início do trabalho com segurança.
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"MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL"
10.2.9 Medidas de proteção individual
10.2.9.1 Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva
forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades
desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-6.
10.2.9.2 As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar
a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.
10.2.9.3 É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas
ou em suas proximidades.
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Comentarios:
• As medidas de Proteção Coletiva serão prioritárias em vista de sua
abrangência. Caso não sejam suficientes, utilizaremos então a proteção
individual, item 10.2.9.1.
• A norma de segurança que trata dos equipamentos de proteção individual
(EPI) é a NR-6, e poderíamos resumi-la da seguinte forma:
Todo EPI deve possuir CA (Certificado de Aprovação) (ver item 10.2.4
e Comentários).
Obrigações do empregador:
1. Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
2. Exigir seu uso;
3. Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
4. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda
e conservação;
5. Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
6. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e
7. Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
Obrigações do empregado:
1. Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
2. Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
3. Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para uso;
4. Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
• Os uniformes de trabalho devem ser fornecidos pela empresa, não
permitindo a utilização de outras vestimentas que possam introduzir
riscos, como condutibilidade do próprio tecido ou através de peças
metálicas (fechos, tachas, rebites, etc.) e também não devem ser de
materiais facilmente inflamáveis, como alguns tipos de materiais sintéticos.
• O item 10.2.9.3 enfatiza a proibição de uso de adornos pessoais em
instalações elétricas, como colares, anéis, pulseiras e relógios que podem
causar acidentes por contatos com partes energizadas.
• Os principais Equipamentos de Proteção Individual utilizados na área
elétrica são assim descritos:
Cintos de segurança para eletricista, com talabarte;
Capacetes classe “B”, aba total (uso geral e trabalhos com energia elétrica,
testados a 30.000 V);
Botas com proteção contra choques elétricos, bidensidade, sem partes
metálicas;
Óculos de segurança para proteção contra impacto de partículas volantes,
intensos raios luminosos ou poeiras, com proteção lateral;
Protetores faciais contra impacto de partículas volantes, intensos raios
luminosos ou poeiras;
Braçadeiras ou mangas de segurança para proteção do braço e antebraço
contra choques elétricos, e coberturas isolantes;
Luvas de borracha com as classes de isolamento abaixo:
CLASSE TENSÃO DE TRABALHO (V)
CORRENTE ALTERNADA
0 ------------- 1.000
1 ------------- 7.500
2 ------------- 17.500
3 ------------- 26.500
4 ------------- 36.000
Luvas de cobertura para proteção das luvas de borracha;
Bolsas para içamento de ferramentas.
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"SEGURANÇA EM PROJETOS"
10.3 Segurança em projetos
10.3.1 É obrigatório que os projetos de instalações elétricas especifiquem dispositivos
de desligamento de circuitos que possuam recursos para “Impedimento de Reenergização”,
para “Sinalização” de advertência com indicação da condição operativa.
10.3.2 Todo projeto elétrico, na medida do possível, deve prever a instalação
de dispositivo de seccionamento de ação simultânea que permita a aplicação de
“Impedimento de Reenergização” do circuito.
10.3.3 O projeto de instalações elétricas deve considerar o espaço seguro, quanto ao
dimensionamento e a localização de seus componentes e as influências externas,
quando da operação e da realização de serviços de construção e manutenção.
10.3.3.1 Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, tais como: comunicação, sinalização,
controle e tração elétrica devem ser identificados e instalados separadamente,
salvo quando o desenvolvimento tecnológico permitir compartilhamento, respeitadas
as definições de projetos.
10.3.4 O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a obrigatoriedade
ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a conexão à
terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade.
10.3.5 Sempre que tecnicamente viável e necessário devem ser projetados dispositivos
de seccionamento que incorporem recursos fixos de eqüipotencialização e aterramento
do circuito seccionado.
10.3.6 Todo projeto deve prever condições para a adoção de “Aterramento Temporário”.
10.3.7 O projeto das instalações elétricas deve ficar à disposição dos trabalhadores
autorizados, das autoridades competentes e de outras pessoas autorizadas pela
empresa e deve ser mantido atualizado.
10.3.8 O projeto elétrico deve atender ao que dispõem as Normas Regulamentadoras
de Saúde e Segurança no Trabalho, às regulamentações técnicas oficiais estabelecidas, e
ser assinado por profissional legalmente habilitado.
10.3.9 O memorial descritivo do projeto deve conter, no mínimo, os seguintes
itens de segurança:
a) especificação das características relativas à proteção contra choques elétricos,
queimaduras e outros riscos adicionais;
b) indicação de posição dos dispositivos de manobra dos circuitos elétricos: Verde –
“D”, desligado e Vermelho – “L”, ligado;
c) descrição do sistema de identificação de circuitos elétricos e equipamentos,
incluindo dispositivos de manobra, de controle, de proteção, de intertravamento
dos condutores e os próprios equipamentos e estruturas, definindo como tais
indicações devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações;
d) recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso de pessoas aos
componentes das instalações;
e) precauções aplicáveis em face das “Influências Externas”;
f ) o princípio funcional dos dispositivos de proteção, constantes do projeto,
destinados à segurança das pessoas; e
g) descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção com a instalação
elétrica.
10.3.10 Os projetos devem assegurar que as instalações proporcionem aos trabalhadores
iluminação adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR-17 – Ergonomia.
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Comentarios:
• O item 10.3 é uma inovação bastante importante na NR-10, pois introduz
o conceito de antecipação no reconhecimento dos riscos potenciais de
futuras instalações, que orienta o projetista nessa fase preliminar do projeto
a fazer modificações que irão neutralizar esses riscos, tornando mais
eficiente a execução de atividades sob a filosofia da segurança do trabalho.
• Todo e qualquer equipamento ou rotina de operação que venha a
incrementar a segurança intrínseca das instalações deverá ser
implementada, desde que dentro de critérios racionais.
• Assim sendo, deve ser previsto:
Dispositivos de desligamento de circuitos (disjuntores) com dispositivos
de impedimento de reenergização (relês de bloqueio que impedem a
reenergização, a menos que sejam operados manualmente) que vão
eliminar o risco de eletrocussão de trabalhadores em trabalhos de
manutenção em circuitos desenergizados, assim como sinalização de
advertência e de condições operacionais (ex.: dispositivo aberto ou
fechado, painéis mímicos, telas do sistema em computadores), evitando
acidentes devido à falta de informações sobre o real estado do sistema.
A previsão do distanciamento e espaços seguros nas instalações impede
contatos acidentais com partes energizadas, em atividades de
manutenção, além da preocupação ergonômica com as posições
de trabalho.
Aterramento de todas as partes condutoras que não façam parte dos
circuitos elétricos, o que neutraliza a possibilidade de choque elétrico
por contato (indireto) com essas partes que podem ser energizadas por
indução elétrica ou contato acidental de outros condutores (ver item 10.2.8
– Medidas de Proteção Coletiva e comentários; aterramento e indução).
Previsão de incorporação de dispositivos de seccionamento com recursos
fixos de eqüipotencialização e aterramento ao circuito seccionado, e
também condições para a execução de aterramento temporário, como
proteção do trabalhador contra reenergização de circuitos já
desenergizados (ver item 10.2.8 – Medidas de Proteção Coletiva, e
comentários; aterramento e eqüipotencialização).
• Como inovação importante da NR-10, nos itens 10.3.7, 10.3.8, 10.3.9,
10.3.10, os projetos elétricos são normatizados e padronizados com
relação ao memorial descritivo, itens necessários ao memorial, obrigação
de serem seguidas as normas de segurança do trabalho em conjunto
com as normas técnicas oficiais, a obrigação de disponibilidade do projeto,
principalmente junto aos trabalhadores autorizados, e ainda a
necessidade de previsão de um nível de iluminação adequado e
posicionamento ergonômico de trabalho conforme a NR-17 – Ergonomia
(item 10.4.5 e comentários).
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"SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO MONTAGEM E OPERAÇÃO"
10.4 Segurança na construção,montagem, operação e manutenção
10.4.1 As instalações elétricas devem ser construídas, montadas, operadas, reformadas,
ampliadas, reparadas e inspecionadas de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores e dos usuários e serem supervisionadas por profissional autorizado
conforme dispõe esta NR.
10.4.2 Nos trabalhos e nas atividades referidas, devem ser adotadas medidas preventivas
destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto a altura,
confinamento, campos elétricos e magnéticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e
flora e outros agravantes, adotando-se a sinalização de segurança.
10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e
ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-se
as características de proteção, respeitadas as recomendações do fabricante e as
influências externas.
10.4.3.1 Os equipamentos, dispositivos e ferramentas que possuam isolamento
elétrico devem estar adequados às tensões envolvidas, e serem inspecionados e testados
de acordo com as regulamentações existentes ou recomendações dos fabricantes.
10.4.4 As instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento
e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente,
de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos.
10.4.4.1 Os locais de serviços elétricos, compartimentos e invólucros de equipamentos
e instalações elétricas são exclusivos para essa finalidade, sendo expressamente proibido
utilizá-los para armazenamento ou guarda de quaisquer objetos.
10.4.5 Para atividades em instalações elétricas deve ser garantida ao trabalhador iluminação
adequada e uma posição de trabalho segura, de acordo com a NR-17 – Ergonomia, de forma a
permitir que ele disponha dos membros superiores livres para a realização das tarefas.
10.4.6 Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de
instalações elétricas devem atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e 10.7,
e somente podem ser realizados por trabalhadores que atendam às condições de qualificação,
habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR.
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Comentarios:
• O principal foco desta norma é o risco elétrico, mas muitos riscos
adicionais devem ser controlados ou neutralizados, pois trabalhos de
manutenção costumam apresentar situações de extrema gravidade.
O Trabalho em Altura, em redes elétricas, torres, com risco de quedas,
deve ser encarado com muita seriedade, com treinamento específico, e
em determinadas situações com a utilização de cinto de segurança tipo
pára-quedista, dois talabartes, adotando-se sempre uma rígida inspeção
do equipamento de proteção contra quedas; Espaços Confinados, com
risco de asfixia, exposição a contaminantes, afogamento, explosão e
incêndio, dificuldade de resgate, necessitando equipamentos para
resgate, operação de ventilação para remover gases ou vapores
explosivos ou contaminantes, máscaras contra produtos químicos, roupas
especiais, instrumentação de teste de explosividade, nível de oxigênio
(atmosfera respirável com nível correto de O2); Campos Elétricos e
Magnéticos, que possam induzir tensões em circuitos desenergizados,
ou simplesmente interferir nos aparelhos de comunicação, instrumentos
de medição e comandos remotos; Umidade, que potencializa os riscos,
propiciando choques elétricos e arcos voltaicos; Poeira, que além de
contaminante também pode ser explosiva; Fauna, como cobras, aranhas,
escorpiões, sempre presentes em cubículos, caixas de passagem, interior
de armários, painéis e bandejas de cabos; Flora, em que há presença
de riscos biológicos, como bactérias e fungos. Todos esses riscos
adicionais listados além da possibilidade de produzir acidentes podem
afetar a saúde do trabalhador. Além dos EPI e EPC (incluída a sinalização
de segurança), para cada atividade devem ser realizadas as Análises de
Risco, Autorizações de Serviço, Permissões de Trabalho e seguidos os
Procedimentos de Segurança adequados (item 10.4.2).
• Todos os dispositivos e ferramentas utilizadas devem estar em
condições próprias de uso, serem compatíveis com as instalações
elétricas e possuir isolamento adequado à tensão do local (itens 10.2.4
com comentários, 10.4.3 e 10.4.3.1).
• É bastante comum que alguns funcionários guardem pertences pessoais
e ferramentas dentro de compartimentos, invólucros de equipamentos,
painéis elétricos, etc., e também é muito comum que aconteçam acidentes
de trabalho devido a curtos-circuitos e choques elétricos com graves
conseqüências devido a essa prática de risco. A NR-10 trata esse assunto
como atitude de risco, como descrito no item 10.4.4.1.
• ERGONOMIA significa de forma simplificada o estudo da adaptação
do trabalho ao ser humano. “ERGOS” em grego significa “TRABALHO”,
e “NOMOS” significa “REGRAS”. Alguns de seus focos de estudos
são os posicionamentos de trabalho, condições visuais, controles e
ferramentas, entre outros. O emprego da ergonomia tem como objetivo
evitar acidentes e doenças ocupacionais, devido ao mau
posicionamento ou manejo incorreto de máquinas e ferramentas, ou
falta de percepção visual. Essa preocupação é demonstrada nos itens
10.4.5 e 10.3.10 – Segurança em projetos.
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"SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS"
10.5 Segurança em instalações elétricas desenergizadas
10.5.1 Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas
para trabalho mediante os procedimentos apropriados, obedecida à seqüência abaixo:
a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
c) Constatação da ausência de tensão;
d) Instalação de “Aterramento Temporário” com eqüipotencialização dos condutores
dos circuitos;
e) Proteção dos elementos energizados existentes na “Zona Controlada” (Anexo I); e
f ) Instalação da sinalização de impedimento de reenergização.
10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até a autorização
para reenergização, devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de procedimentos
abaixo:
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo
de reenergização;
c) remoção do aterramento temporário, da eqüipotencialização e das
proteções adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização; e
e) “Destravamento”, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.
10.5.3 As medidas constantes das alíneas apresentadas nos itens 10.5.1 e 10.5.2
podem ser alteradas, substituídas, ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades
de cada situação, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante
justificativa técnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível de
segurança originalmente preconizado.
10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações elétricas desligadas, mas com
possibilidade de energização, por qualquer meio ou razão, devem atender ao que
estabelece o disposto no item 10.6.
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Comentarios:
• Dentro dos preceitos que regem a segurança do trabalho existem
procedimentos específicos para cada atividade. Em manutenção elétrica é
bastante utilizado um procedimento de segurança denominado “Travamento
(ou Bloqueio) e Etiquetagem (ou Sinalização)”. Visa controlar os riscos do
trabalho com eletricidade, protegendo o trabalhador de exposição ao risco
de contato com partes energizadas e conseqüente eletrocussão. “Este
procedimento é também aplicado quando se necessita controlar outras formas
de energia de risco, como, por exemplo, energia pneumática, hidráulica,
química, etc.”
• Assim sendo, as instalações elétricas só serão consideradas
desenergizadas e seguras para trabalhos após os procedimentos de
“Travamento e Sinalização”, como listados no item 10.5.1.
1. Seccionamento; onde chaves, seccionadoras, ou outros dispositivos de
isolamento são acionados para a desenergização dos circuitos;
2. Impedimento de reenergização; onde por meio de bloqueios mecânicos,
cadeados, ou outros equipamentos é garantido a impossibilidade de
reenergização dos circuitos, o que fica facultado apenas ao responsável
pelo bloqueio;
3. Constatação da ausência de tensão; onde por meio de dispositivos de
“Detecção de Tensão” é garantida a desenergização dos circuitos;
4. Instalação de aterramento temporário; e eqüipotencialização de
condutores trifásicos, curto-circuitados na mesma ligação de
aterramento temporário, o que garante a proteção completa do
trabalhador em situações outras de energização dos circuitos já
seccionados, provocados por indução, contatos acidentais com outros
condutores energizados, etc.;
5. Proteção dos elementos energizados existentes na “Zona
Controlada” (ver Glossário); o que significa a colocação de
barreiras, obstáculos, e que visem a proteger o trabalhador contra
contatos acidentais com outros circuitos energizados presentes na
“zona controlada”;
6. Instalação da sinalização de impedimento de energização; com etiquetas
ou placas contendo avisos de proibição de religamento, como: “HOMENS
TRABALHANDO NO EQUIPAMENTO”, “NÃO LIGUE ESTA CHAVE”,
(ver comentários de “Medidas de Proteção Coletiva”, item 10.2.8).
• Após a finalização dos trabalhos, assim que for emitida a autorização
para reenergização, os procedimentos descritos da letra “a” até a letra
“e” do item 10.5.2 devem ser seguidos e respeitados até a religação dos
dispositivos de seccionamento. É importante ressaltar que a retirada de
todos os equipamentos e ferramentas do local de trabalho evita a
possibilidade de acidentes causados por curtos-circuitos após a
reenergização; e da mesma forma, todos os trabalhadores presentes na
zona controlada que não estejam envolvidos no processo de
reenergização devem ser retirados do local para sua própria segurança.
• IMPORTANTÍSSIMO! Instalações elétricas desligadas mas com
possibilidade de serem energizadas passam a ser tratadas como
“Instalações Elétricas Energizadas”, item 10.5.4.
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"SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ENERGIZADAS"
10.6 Segurança em instalações elétricas energizadas
10.6.1 As intervenções em instalações elétricas com tensão igual ou superior a 50V em
corrente alternada ou superior a 120V em corrente contínua somente podem ser
realizadas por trabalhadores que atendam ao que estabelece o item 10.8 desta norma.
10.6.1.1 Os trabalhadores de que trata o item anterior devem receber treinamento de
segurança para trabalhos com instalações elétricas energizadas, com currículo mínimo,
carga horária e demais determinações estabelecidas no Anexo II desta NR.
10.6.1.2 As operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em
“Baixa Tensão”, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação,
adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer “Pessoa não Advertida”.
10.6.2 Os trabalhos que exigem o ingresso na zona controlada devem ser realizados
mediante procedimentos específicos respeitando as distâncias previstas no Anexo I.
10.6.3 Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades devem ser
suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores
em “Perigo”.
10.6.4 Sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada
em operações de novas instalações ou equipamentos elétricos devem ser previamente
elaboradas análises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados, e respectivos
procedimentos de trabalho.
10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando
verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível.
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Comentarios:
• Instalações elétricas energizadas são aquelas com tensão superior à tensão
de segurança (Extrabaixa Tensão – EBT), ou seja: 50 VCA ou 120 VCC
(VCA – Volts em Corrente Alternada; VCC – Volts em Corrente Contínua). O
trabalho nessas condições só poderá ser realizado por profissionais
autorizados, como é descrito no item 10.8 e seus comentários (itens 10.6.1
e 10.6.1.1).
• Qualquer pessoa não treinada em eletricidade pode realizar operações
elementares de ligar ou desligar circuitos elétricos em baixa tensão (a
baixa tensão vai de 50 VCA até 1.000 VCA ou 120 VCC até 1.500 VCC),
desde que se encontrem em perfeitas condições de operação
(item 10.6.1.2).
• Sempre que atividades forem executadas no interior da zona controlada,
procedimentos de segurança específicos devem ser observados,
respeitando-se as distâncias de segurança (Anexo II), isolamento de partes
energizadas, proteção por barreiras, indicação aos trabalhadores envolvidos
quanto a pontos energizados, palestra inicial de segurança, preenchimento
de permissões de trabalho, utilização de listas de verificação, etc.
(item 10.6.2).
• Antes de qualquer nova atividade é necessária a identificação dos riscos
inerentes, e depende desses riscos a utilização de um determinado
procedimento, de tipos diferenciados de EPI, de EPC, de diferentes
acessórios de trabalho. A esse procedimento damos o nome de “Análise
de Risco”. No entanto outros riscos não previstos podem surgir, como
inundações, tempestades, raios, ou quaisquer outros cuja neutralização
não seja possível. Nesse caso, o responsável pela atividade deve suspender
as atividades.
• O item 10.6.4 alerta para entrada em operação e testes de novos
equipamentos, com nova tecnologia ou modificação de instalações
existentes. Nessa fase de testes, correções e ajustes é mais provável a
ocorrência de acidentes. Antes dessas atividades é necessária a elaboração
de análises de risco e procedimentos de segurança específicos ao
momento, e desenvolvidos com os circuitos desenergizados.
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"TRABALHOS ENVOLVENDO ALTA TENSÃO" (AT)
10.7 Trabalhos envolvendo alta-tensão (AT)
10.7.1 Os trabalhadores que intervenham em instalações elétricas energizadas com
“Alta-Tensão” que exerçam suas atividades dentro dos limites estabelecidos como
“Zonas Controladas e de Risco”, conforme Anexo I, devem atender ao disposto no item
10.8 desta NR.
10.7.2 Os trabalhadores de que trata o item 10.7.1 devem receber treinamento de
segurança, específico em segurança no Sistema Elétrico de Potência (SEP) e em suas
“Proximidades”, com currículo mínimo, carga horária e demais determinações estabelecidas
no Anexo II desta NR.
10.7.3 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados
no Sistema Elétrico de Potência (SEP), não podem ser realizados individualmente.
10.7.4 Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aquelas
que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica
para data e local, assinada por superior responsável pela área.
10.7.5 Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o superior imediato e
a equipe, responsáveis pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia,
estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas de forma a atender aos
príncipios técnicos básicos e às melhores técnicas de segurança em eletricidade
aplicáveis ao serviço.
10.7.6 Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT somente podem ser
realizados quando houver procedimentos específicos, detalhados e assinados por
profissional autorizado.
10.7.7 A intervenção em instalações elétricas energizadas em AT dentro dos limites
estabelecidos como zona de risco, conforme Anexo I desta NR, somente pode ser
realizada mediante a desativação, também conhecida como bloqueio, dos conjuntos
e dispositivos de religamento automático do circuito, sistema ou equipamento.
10.7.7.1 Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com
identificação da condição de desativação, conforme procedimento de trabalho
específico padronizado.
10.7.8 Os equipamentos, ferramentas e dispositivos isolantes ou equipados com materiais
isolantes, destinados ao trabalho em alta-tensão, devem ser submetidos a testes
elétricos ou ensaios de laboratório, periódicos, obedecendo-se às especificações do
fabricante, aos procedimentos da empresa e na ausência desses, anualmente.
10.7.9 Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como
aqueles envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que
permita a comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o
centro de operação durante a realização do serviço.
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Comentarios:
• Trabalhos em alta-tensão envolvem um grande risco de acidentes,
não apenas pela possibilidade de choque elétrico por contatos diretos
ou indiretos, mas principalmente pela formação de arcos voltaicos,
que são o resultado do rompimento do dielétrico (capacidade de
isolamento) do ar, com grande dissipação de energia, liberando
luminosidade, calor, e partículas metálicas em fusão. Esse tipo de
acidente provoca graves queimaduras em todos que estiverem
situados dentro do seu raio de ação. Daí a definição de “Zona de Risco”
e “Zona Controlada” (ver Anexo II) importante para o perfeito
posicionamento do trabalhador em seus limites, e dos procedimentos
e equipamentos, EPI, EPC, necessários à execução de atividades
dentro dos princípios da segurança do trabalho. Alta-tensão é a tensão
definida como tendo valores acima de 1.000 V em Corrente Alternada
(CA) e 1.500 V em Corrente Contínua (CC) entre fases ou entre fases
e terra. Trabalhadores exercendo atividades dentro dos limites das
“Zonas de Risco” ou “Zonas Controladas” (ver Anexo II) têm que
atender ao disposto no item 10.8, sendo Habilitados, Qualificados, e
Autorizados, ou Capacitados e Autorizados. Devem ainda estar em
condições de saúde compatíveis com as atividades a serem
executadas em conformidade com a NR-7, Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), tendo recebido todo o
treinamento previsto no Anexo III, principalmente o treinamento
específico de Segurança em Sistemas Elétricos de Potência (SEP),
itens 10.7.1 e 10.7.2.
• Todo e qualquer trabalho realizado em instalações elétricas em
Alta-Tensão ou em Sistema Elétrico de Potência (SEP) deve ser
totalmente controlado através de ordens de serviço, assinadas
pelo superior responsável (item 10.7.4).
• Nos limites interiores da “Zona de Risco” (ver Anexo II), os trabalhadores
devem ser protegidos contra a possibilidade de reenergização dos
circuitos, por meio da desativação ou bloqueio dos dispositivos de
religamento automático, que devem estar com sinalização adequada
indicando desativação, itens 10.7.7 e 10.7.7.1, item 10.10 (Sinalização
de Segurança), item 10.5 (Segurança em Instalações Elétricas
Desenergizadas) e item 10.2.8 (Medidas de Proteção Coletiva).
• É importante observar a necessidade prevista pela norma de realização
de testes elétricos nos elementos de isolamento de ferramentas e
equipamentos a serem utilizados em trabalhos em AT ou no SEP.
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"HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO"
10.8 Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores
10.8.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de
curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.
10.8.2 É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente
qualificado e com registro no competente conselho de classe.
10.8.3 É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições,
simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e
autorizado; e
b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições
estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.
10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e
os profissionais habilitados com anuência formal da empresa.
10.8.5 A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a
qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador,
conforme o item 10.8.4.
10.8.6 Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa
condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa.
10.8.7 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser
submetidos a exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas,
realizado em conformidade com a NR-7 e registrado em seu prontuário médico.
10.8.8 Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir
treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as
principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o
estabelecido no Anexo II desta NR.
10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores capacitados
ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado com
avaliação e aproveitamento satisfatório dos cursos constantes do Anexo II desta NR.
10.8.8.2 Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que
ocorrer alguma das situações a seguir:
a) troca de função ou mudança de empresa;
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três
meses;
c) modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos,
processos e organização do trabalho.
10.8.8.3 A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos de reciclagem
destinados ao atendimento das alíneas “a”, “b” e “c” do item 10.8.8.2 devem atender às
necessidades da situação que o motivou.
10.8.8.4 Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento
específico de acordo com risco envolvido.
10.8.9 Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas,
desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta
NR, devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e
avaliar seus possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis.
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Comentarios:
• As atividades exercidas em instalações elétricas envolvem a exposição
ao risco elétrico, causador de muitos graves acidentes. A perfeita
identificação deste risco, assim como o conhecimento de procedimentos
de segurança no trabalho, equipamentos de proteção individual e coletiva,
e principalmente o simples reconhecimento de que os acidentes não
acontecem apenas com os outros, diminuirá em muito o índice de
acidentes do trabalho em atividades elétricas. Isso nos conduz ao
reconhecimento da necessidade de um programa de intenso treinamento
na área elétrica associado a um treinamento de segurança do trabalho
em instalações elétricas.
• O item 10.8 descreve detalhadamente como deve ser definido o
trabalhador autorizado a trabalhar em instalações elétricas, evitando-se
assim que funcionários sem treinamento específico e de segurança
venham a exercer atividades de risco, expondo-se desnecessariamente
a acidentes do trabalho.
• O profissional QUALIFICADO completou com êxito seu curso de formação
na área elétrica, reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. Tornou-se
HABILITADO assim que se registrou no seu Conselho de Classe. Já o
trabalhador CAPACITADO, 1) foi treinado por profissional; 2) trabalha sob
a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado. Esta
capacitação só tem valor na empresa em que trabalha. Com a anuência
formal da empresa em que trabalham, e devidamente identificados em
seus registros, eles estão AUTORIZADOS a exercer atividades em
instalações elétricas.
• É necessário ainda passar por exames de saúde que lhes permitam
trabalhar em instalações elétricas, conforme definido pela NR-7 –
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
• A AUTORIZAÇÃO para trabalhadores CAPACITADOS, ou
QUALIFICADOS e HABILITADOS será dada pela empresa aos que
tiverem acompanhado com aproveitamento os cursos previstos no Anexo
III desta Norma (treinamento específico sobre os riscos das atividades
elétricas e medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas:
1) “CURSO BÁSICO – Segurança em Instalações e Serviços de
Eletricidade”; e 2) “CURSO COMPLEMENTAR – Segurança no Sistema
Elétrico de Potência (SEP) e em suas Proximidades”).
• Como novidade esta norma prevê treinamentos de reciclagem,
treinamento de riscos relacionados a áreas classificadas, além do
treinamento de trabalhadores de outras áreas que não a elétrica, visando
à identificação de riscos, assim como formas de prevenção de acidentes
do trabalho que porventura venham a exercer atividades na zona livre ou
proximidade de zona controlada.
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"PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO"
10.9 Proteção contra incêndio e explosão
10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser
dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR-23 – Proteção
Contra Incêndios.
10.9.2 Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à
aplicação em instalações elétricas de ambientes com “Atmosferas Potencialmente
Explosivas” devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema
Brasileiro de Certificação.
10.9.3 Os processos ou equipamentos suscetíveis de gerar ou acumular eletricidade
estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga elétrica.
10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de
incêndio ou explosões devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e
seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de
isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.
10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão
ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada,
conforme estabelece o item 10.5 ou supressão do agente de risco que determina a
classificação da área.
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Comentários:
• A NR-23 dispondo sobre Proteção Contra Incêndios orienta:
As classes de fogo são:
• Classe “A”: Materiais de fácil combustão que queimam na superfície e
profundidade, e deixam resíduos (madeira, tecidos, papel, fibras, etc.);
• Classe “B”: Líquidos inflamáveis que queimam somente na superfície, e
não deixam resíduos (óleos, graxas, tintas, solventes, vernizes, gasolina,
éter, etc.);
• Classe “C”: Equipamentos elétricos energizados (motores,
transformadores, painéis de distribuição, fios, etc.);
• Classe “D”: Elementos pirofóricos (magnésio, zircônio, titânio, etc.).
• A Classe “C” de incêndio é a que nos interessa quando nos referimos a
instalações ou equipamentos elétricos. A água pura, em forma de espuma,
ou em recipientes sob pressão (extintores de água pressurizada ou
extintores água-gás), não pode ser utilizada no combate a incêndios
Classe “C” devido à sua condutibilidade elétrica, podendo causar choques
elétricos ou curtos-circuitos, tornando ainda mais grave o acidente. Apenas
água pulverizada poderá ser utilizada, desde que existam os
equipamentos necessários, manejados por combatentes treinados nesta
modalidade de combate a incêndio. Para o combate com água, o sistema
elétrico deverá ser desligado.
• O combate correto a incêndios da “Classe C” será feito com extintores de
Gás Carbônico (CO2), e extintores de Pó Químico. Mas vale a pena
observar que o Pó Químico pode ser prejudicial quando usado em salas
de computadores ou de equipamentos telefônicos, visto que causa danos
aos pequenos componentes eletrônicos desses equipamentos. Nesse
caso, normalmente utilizam-se extintores de Gás Carbônico, que são
eficientes sem causar danos materiais. Alguns sistemas fixos de CO2
são ativados automaticamente, em caso de incêndio, pela detecção
através de sensores específicos (térmicos, infravermelho, fotoelétricos,
ou de ionização). Nesse caso, o risco seria o da presença de pessoas
nesses locais confinados, devido à possibilidade de asfixia pelo fato de o
CO2 eliminar o oxigênio do ambiente ao expulsar a atmosfera respirável
do recinto. Por isso, na presença de sistemas automáticos de CO2, não é
permitida a presença de pessoas no local.
• “Áreas Classificadas” (itens 10.9.2, 10.9.4 e 10.9.5), são áreas passíveis
de possuir atmosferas explosivas. Atmosferas explosivas são formadas por
gases, vapores ou poeiras e oxigênio, na proporção correta que dependerá
das características de cada produto, e que em presença de uma fonte de
ignição causará incêndio ou explosão. O termo refere-se à classificação
dessas áreas em função do seu potencial de risco das substâncias
inflamáveis presentes. Assim, esses ambientes podem ser divididos em
três classes, que são ainda subdivididas em grupos e divisões
(ou zonas, pela norma brasileira).
Em geral temos:
• Classe I – Gases e vapores, dividida em quatro grupos, de “A” a “D”, e
algumas das substâncias são: acetileno, hidrogênio, butadieno,
acetaldeído, eteno, monóxido de carbono, acetona, acrinonitrila, amônia,
butano, benzeno, gasolina, etc.
• Classe II – Poeiras, dividida em três grupos, de “E” a “G”, sendo poeiras
metálicas combustíveis, poeiras carbonáceas (carvão mineral, hulha), e
poeira combustível, como farinha de trigo, ovo em pó, goma-arábica,
celulose, vitaminas, etc.
• Classe III – Fibras combustíveis, como rayon, sisal, fibras de
madeira, etc.
Existe ainda uma classificação em que são consideradas as
probabilidades de ocorrência da mistura explosiva, divisão 2 e 1, pelas
normas internacionais, e zonas 0, 1, e 2, pelas normas brasileiras. As
normas mencionadas são a ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), IEC (International Electrotechnical Commission, européia),
NEC (National Electrical Code, americana), API (American Petroleum
Institute), e NFPA, (National Fire Protection Association, americana).
• Em presença de atmosferas explosivas a fonte de ignição pode ser algum
dispositivo, acessório ou equipamento elétrico, que possa produzir
centelhamento. As normas nacionais e internacionais especificam
equipamentos elétricos para serem utilizados com segurança em áreas
classificadas, e que são à prova de acidentes por centelhamento. São
ditos: “à prova de explosões, pressurizados, imersos em óleo, em areia,
em resina, de segurança aumentada, herméticos, especial, e de
segurança intrínseca”.
• Para que esses equipamentos cumpram sua função dentro dos critérios
de segurança exigidos, eles têm que ser testados dentro de rígidos
padrões de qualidades (teste de conformidade), e somente pelas
empresas certificadoras reconhecidas pelo Sistema Brasileiro de
Certificação, que congrega as certificadoras reconhecidas junto ao
INMETRO (item 10.9.2).
• Dentro da necessidade de um rígido controle da possibilidade de
ocorrência de acidentes devidos a equipamentos elétricos em áreas
classificadas, a norma exige um maior controle das condições elétricas
desses sistemas, com relês de proteção contra sobrecorrente,
sobretensão, aquecimento de motores, falta de fase, correntes de fuga,
motores com segurança aumentada, alarmes e seccionamento
automático através de disjuntores (item 10.9.4). É importante ainda
lembrar que dentro de tão críticas condições de segurança é necessário
uma detalhada supervisão e acompanhamento seguidos de uma rígida
manutenção para correção das não conformidades.
• As permissões de trabalho são autorizações por escrito para trabalhos
diversos de manutenção, montagem ou outros, que envolvam riscos à
integridade do pessoal, às instalações, ao meio ambiente, ou à
continuidade operacional. Descrevem o trabalho, os riscos envolvidos,
pessoal, EPI, EPC e precauções de segurança a serem seguidas.
É utilizada em conjunto com Listas de Verificação de requisitos de
segurança apropriadas a cada atividade, que, depois de satisfeitos,
possibilitam o início das atividades. A supressão do risco em áreas
classificadas significa a retirada dos gases ou vapores inflamáveis, através
de ventilação ou inertização, e em caso de risco elétrico significa a
desenergização do circuito a ser trabalhado (item 10.9.5).
• A eletricidade estática é gerada por atrito de correias de máquinas,
peças em movimentos repetidos, movimentação de fluidos e
produtos pulverizados em tubulações e silos, sólidos em
suspensão na atmosfera, etc. A tensão elétrica acumulada pode
produzir descargas elétricas, que em presença de baixa umidade
do ar, presença de gases inflamáveis, fibras e poeiras inflamáveis
podem causar explosões e incêndios de grandes proporções.
O aterramento é a proteção permanente para que as cargas se
dissipem (item 10.9.3).
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"SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA"
10.10 Sinalização de segurança
10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização
adequada de segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao
disposto na NR-26 – Sinalização de Segurança, de forma a atender, entre outras, as
situações a seguir:
a) identificação de circuitos elétricos;
b) travamentos e bloqueios de dispositivos e sistemas de manobra e comandos;
c) restrições e impedimentos de acesso;
d) delimitações de áreas;
e) sinalização de áreas de circulação, de vias públicas, de veículos e de
movimentação de cargas;
f ) sinalização de impedimento de energização; e
g) identificação de equipamento ou circuito impedido.
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Comentários:
• O item 10.10.1 refere-se à NR-26, que dispõe sobre sinalização de
segurança e orienta com relação à utilização das cores como meios
identificadores de equipamentos de segurança, delimitando áreas,
identificando riscos, e em associação com frases, desenhos e símbolos
com o objetivo de prevenção dos acidentes do trabalho.
• A correta identificação de circuitos elétricos leva à eficácia no
desligamento dos circuitos corretos seja por necessidades de
manutenção, seja por manobras de emergência. Muitos acidentes não
puderam ser evitados no passado devido à inexistência ou à incorreta
identificação de circuitos elétricos energizados. O mesmo se aplica à
utilização de etiquetas e placas para a identificação de travamentos e
bloqueios de dispositivos e sistemas de manobras e comandos em
instalações elétricas. Restrições e impedimentos de acesso e
delimitações de áreas impedem a livre circulação de trabalhadores que
não estejam diretamente envolvidos com as atividades presentes num
determinado local, que por conseguinte não estão suficientemente
informados dos riscos ali existentes. São bastante utilizados cartazes,
cones, fitas, luzes, e até a própria viatura de manutenção, principalmente
nos trabalhos na área urbana. A sinalização de áreas de circulação,
de vias públicas, de veículos, e de movimentação de cargas visa à
completa separação de pedestres, veículos e máquinas, evitando
acidentes como atropelamentos, e principalmente em casos de
movimentação de cargas elevadas, evitar a presença de pessoas sob
cargas suspensas, o que é um grande risco, em caso de queda da carga.
Sinalização de impedimento de energização na proteção de
trabalhadores em atividades de manutenção de circuitos elétricos. Ver
comentários dos itens 10.5 (Segurança em Instalações Elétricas
Desenergizadas) e 10.2.8 (Medidas de Proteção Coletiva).
• Nos trabalhos em instalações elétricas é interessante ressaltar e resumir
o emprego de algumas cores:
• Vermelho – Identificação de sistemas de combate a incêndio; como
hidrantes, bombas, caixas de alarme, extintores e sua localização,
tubulações da rede d’água de incêndio, portas de saída de emergência,
etc., e excepcionalmente em situações de advertência de perigo, como
luzes em barricadas e barreiras, e em botões interruptores de circuitos
elétricos, em paradas de emergência.
• Amarelo – (Alta visibilidade) – Cuidado, no sentido de chamar a atenção,
alertar, distinguir, advertir, em corrimãos, parapeitos, bordos desguarnecidos
de abertura no solo, vigas colocadas em baixa altura, empilhadeiras, tratores,
pontes rolantes, guindastes, na delimitação de circulação de máquinas e
pedestres, no piso, e em combinação com listras pretas em fitas de
sinalização ditas zebradas.
• Verde – Associado à segurança, em canalizações d’água, (verde-claro –
água potável; verde – água industrial), caixas de equipamento de socorro
de urgência, chuveiros de segurança, lava olhos, emblemas de segurança,
salas de curativos de urgência, etc.
• Laranja – (Alta visibilidade) – Alerta, em partes móveis de máquinas e
equipamentos, faces internas de caixas protetoras de dispositivos
elétricos, faces externas de polias e engrenagens, botões de arranque
de segurança, dispositivos de corte, bordas de serras, prensas, etc.
• Púrpura – Riscos de exposição à radiação nuclear.
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"PROCEDIMENTOS DE TRABALHO"
10.11 Procedimentos de trabalho
10.11.1 Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em
conformidade com “Procedimentos” de trabalho específicos, padronizados, com descrição
detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinado por profissional que atenda ao
que estabelece o item 10.8 desta NR.
10.11.2 Todos os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens de
serviço específicas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no mínimo, o tipo,
a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a serem adotados.
10.11.3 Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo, campo de
aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas
de controle e orientações finais.
10.11.4 Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a autorização
de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo o processo de desenvolvimento
do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
(SEESMT), quando houver.
10.11.5 A autorização referida no item 10.8 deve estar em conformidade com o treinamento
ministrado, previsto no Anexo II desta NR.
10.11.6 Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em condições de
exercer a supervisão e condução dos trabalhos.
10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe, os seus membros, em conjunto com o
responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e
planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, de forma a atender aos
princípios técnicos básicos e às melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.
10.11.8 A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das tarefas
e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a segurança e a saúde
no trabalho.
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Comentários:
• Análise de risco é uma ferramenta gráfica na qual uma atividade é
analisada passo a passo, com cada passo associado a um responsável,
identificando-se o(s) risco(s) correlatos, e como resultado elabora-se a
lista de controles necessários à neutralização de cada risco identificado.
• A análise de risco vai gerar os procedimentos de segurança necessários
à realização de uma atividade.
• Procedimentos são o detalhamento das atividades intermediárias,
operações necessárias e padronizadas para se realizar um trabalho,
levando-se em conta as necessidades materiais e humanas, e a certeza
de que o resultado final será alcançado respeitadas as regras de qualidade
e segurança desejadas.
• Devem ter a participação dos integrantes dos Serviços Especializados
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SEESMT), NR-4.
• Os trabalhos só podem ter início, ou existência real, se precedidos por
uma ordem de serviço, que garanta as responsabilidades e procedimentos
necessários. A assinatura de liberação só terá validade se pertencer a
um trabalhador autorizado.
-------------------------------------------------------------------------------------------
"SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA"
10.12 Situação de emergência
10.12.1 As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade
devem constar do plano de emergência da empresa.
10.12.2 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros
socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória.
10.12.3 A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas
atividades, tornando disponíveis os meios para a sua aplicação.
10.12.4 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos
de prevenção e combate a incêndio existentes nas instalações elétricas.
-------------------------------------------------------------------------------------------
Comentários:
• O Plano de Emergência é uma ferramenta preventiva e prática que permite
desencadear ações (de emergência) rápidas e eficazes, visando controlar
e minimizar as conseqüências de eventos que possam colocar em risco
as instalações industriais, meio ambiente, funcionários e a comunidade.
• Podemos listar várias formas de sinistros, como vazamento de gases tóxicos
ou inflamáveis, vazamentos de líquidos voláteis, vazamentos de produtos
tóxicos, incêndios, explosões, alagamentos, choques elétricos, etc.
• Acidentes em instalações elétricas normalmente causam incêndios,
queimaduras, paradas cardiorrespiratórias, e muitas vezes é necessário
o resgate de acidentados em altura (torres, postes) ou no interior de
locais com dificuldade de acesso.
• Então, especificamente, empresas com possibilidades de acidentes em
instalações ou serviços com eletricidade, devem observar:
• Todo trabalhador deverá ser treinado em resgate de acidentados, primeiros
socorros, reanimação cardiorrespiratória, e combate a incêndio, sendo
capazes de uma perfeita utilização dos equipamentos de resgate e de extinção
de incêndios.
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"RESPONSABILIDADES"
10.13 Responsabilidades
10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes
e contratados envolvidos.
10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados
sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas
de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.
10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações
e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.
10.13.4 Cabe aos trabalhadores:
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas
por suas ações ou omissões no trabalho;
b) responsabilizar-se com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e
regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e
saúde; e
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço às situações que
considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.
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Comentários:
• Com relação ao item “10.13 – Responsabilidades”, a norma atualizada
mostrou-se bem mais detalhada com relação ao envolvimento de todos,
empresa contratante, contratadas, e trabalhadores no cumprimento dos
artigos da norma. O termo solidário significa que todos os mencionados
poderão responder juridicamente pelo não cumprimento dos artigos desta
norma (item 10.13.1).
• O trabalhador não só tem o direito de ser informado pela empresa de
todos os riscos a que estão expostos, e dos procedimentos de segurança
e de controle de riscos correlatos, como também passa a estar legalmente
envolvido com a responsabilidade de zelar pela própria integridade física
e saúde, assim como a de seus companheiros de trabalho, obrigando-se
a cumprir os procedimentos de segurança, procedimentos legais e
regulamentos da empresa, e tendo a obrigação de comunicar possíveis
situações de risco (atos ou condições inseguras) que possam afetar a
sua integridade física e saúde e a de seus companheiros.
• “Ato inseguro” é tudo o que o trabalhador faz, voluntariamente ou não, e
que pode provocar um acidente (inclusive com outra pessoa), como por
exemplo: imperícia, excesso de confiança, imprudência, exibicionismo,
negligência, desatenção, brincadeiras no local de trabalho, etc.
• “Condição Insegura” é decorrente de situações existentes no ambiente
de trabalho e que podem vir a causar acidentes, como: piso escorregadio,
iluminação deficiente, excesso de ruído, falta de arrumação, instalações
elétricas sobrecarregadas, máquinas defeituosas, matéria-prima de má
qualidade, calçado ou vestimentas impróprios, falta de planejamento,
jornada de trabalho excessiva, etc.
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"DISPOSIÇÕES FINAIS"
10.14 Disposições finais
10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o “Direito de
Recusa”, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua
segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.
10.14.2 As empresas devem promover ações de controle de riscos originados por
outrem em suas instalações elétricas e oferecer, de imediato quando cabível, denúncia
aos órgãos competentes.
10.14.3 Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE
adotará as providências estabelecidas na NR-3.
10.14.4 A documentação prevista nesta NR deve estar permanentemente à disposição
dos trabalhadores que atuam em serviços e instalações elétricas, respeitadas as abrangências,
limitações e interferências nas tarefas.
10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição
das autoridades competentes.
10.14.6 Esta NR não é aplicável a instalações elétricas alimentadas por “Extrabaixa Tensão”.
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Comentários:
• O item 14.1 acrescenta um tópico importantíssimo à norma, pois
exercendo o “direito de recusa” o trabalhador pode interromper sua
atividade sempre que for constatada a condição de “risco grave e
eminente” com relação a si ou a outras pessoas.
• A condição de “risco grave e eminente” é definida na Norma
Regulamentadora no 3 (Embargo ou Interdição) como toda condição
ambiental de trabalho que possa causar acidente do trabalho ou doença
profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador.
• A Norma Regulamentadora no 3 (Embargo ou Interdição) também é
mencionada no item 10.14.3, no qual o Ministério do Trabalho e do
Emprego (MTE), através do Auditor Fiscal do Trabalho, pode embargar
ou interditar total ou parcialmente qualquer instalação, ou parte de
instalação que não esteja de acordo com a NR-10.
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"GLOSSÁRIO"
1. Alta-Tensão (AT) – Tensão superior a 1.000 volts em corrente alternada
ou 1.500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
2. Área Classificada – Local com potencialidade de ocorrência de
atmosfera explosiva.
3. Aterramento Elétrico Temporário – Ligação elétrica efetiva confiável
e adequada intencional à terra, destinada a garantir a eqüipotencialidade
e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.
4. Atmosfera Explosiva – Mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de
substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa, poeira ou fibras, na
qual, após a ignição, a combustão se propaga.
5. Baixa Tensão (BT) – Tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120
volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1.000 volts em corrente alternada
ou 1.500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
6. Barreira – Dispositivo que impede qualquer contato com partes energizadas
das instalações elétricas.
7. Direito de Recusa – Instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de
uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve um grave e iminente
risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas.
8. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) – Dispositivo, sistema, ou meio,
fixo ou móvel de abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade
física e a saúde dos trabalhadores, usuários e terceiros.
9. Equipamento Segregado – Equipamento tornado inacessível por meio de
invólucro ou barreira.
10. Extrabaixa Tensão (EBT) – Tensão não superior a 50 volts em corrente
alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
11. Influências Externas – Variáveis que devem ser consideradas na definição e
seleção de medidas de proteção para segurança das pessoas e desempenho
dos componentes da instalação.
12. Instalação Elétrica – Conjunto das partes elétricas e não-elétricas associadas e
com características coordenadas entre si, que são necessárias ao funcionamento
de uma parte determinada de um sistema elétrico.
13. Instalação Liberada para Serviços (BT/AT) – Aquela que garanta as condições
de segurança ao trabalhador por meio de procedimentos e equipamentos
adequados, desde o início até o fim dos trabalhos e liberação para uso.
14. Impedimento de Reenergização – Condição que garante a não energização do
circuito através de recursos e procedimentos apropriados, sob controle dos
trabalhadores envolvidos nos serviços.
15. Invólucro – Envoltório de partes energizadas destinado a impedir qualquer
contato com partes internas.
16. Isolamento Elétrico – Processo destinado a impedir a passagem de corrente
elétrica por interposição de materiais isolantes.
17. Obstáculo – Elemento que impede o contato acidental, mas não impede o
contato direto por ação deliberada.
18. Perigo – Situação ou condição de risco com probabilidade de causar lesão física
ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controle.
19. Pessoa Advertida – Pessoa informada ou com conhecimento suficiente para
evitar os perigos da eletricidade.
20. Procedimento – Seqüência de operações a serem desenvolvidas para realização
de um determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos,
medidas de segurança e circunstâncias que impossibilitem sua realização.
21. Prontuário – Sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica
de informações pertinentes às instalações e aos trabalhadores.
22. Risco – Capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões
ou danos à saúde das pessoas.
23. Riscos Adicionais – Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos
elétricos, específicos de cada ambiente ou processos de trabalho que, direta
ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.
24. Sinalização – Procedimento padronizado destinado a orientar, alertar,
avisar e advertir.
25. Sistema Elétrico – Circuito ou circuitos elétricos inter-relacionados destinados
a atingir um determinado objetivo.
26. Sistema Elétrico de Potência (SEP) – Conjunto das instalações e equipamentos
destinados a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica até a
medição, inclusive.
27. Tensão de Segurança – extrabaixa tensão originada em uma fonte de segurança.
28. Trabalho em Proximidade – Trabalho durante o qual o trabalhador pode entrar
na zona controlada, ainda que seja com uma parte do seu corpo ou extensões
condutoras, representadas por materiais, ferramentas ou equipamentos que
manipule.
29. Travamento – Ação destinada a manter, por meios mecânicos, um dispositivo
de manobra fixo numa determinada posição, de forma a impedir uma operação
não autorizada.
30. Zona de Risco – Entorno de parte condutora energizada, não segregada,
acessível inclusive acidentalmente, de dimensões estabelecidas de acordo com
o nível de tensão, cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados e
com a adoção de técnicas e instrumentos apropriados de trabalho.
31. Zona Controlada – Entorno de parte condutora energizada, não segregada,
acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados.
-------------------------------------------------------------------------------------------
"REFERENCIAS"
Referências
ABNT. NR 5410:2004. Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004. 209 p.
ARAUJO, Giovanni Moraes de. Normas Regulamentadoras Comentadas: Legislação
de Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Editora Gerenciamento Verde
Consultoria. 4a ed., 2003/2004. 1.540 p.
_____. Regulamentação do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos
Comentada. Rio de Janeiro: Ed. do autor, 2001. 810 p.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A. 13 ed., 1997/1998. 515 p.
ROUSSELET, Edison da Silva; CESAR, Falcão. Segurança na Obra. Rio de Janeiro: Editora
Interciência Ltda. 1999. 344 p.
MASON, C. Russel. The Art Science of Protective Relaying Engineering Planning and
Development Section. Nova York: General Electric Company. 410 p.
FOWLER, W. Thadeu; KAREN, Miles K. Eletrical Safety: student manual. 2002. 77 p.
MANIERI, Oscar Martins. Segurança, meio ambiente e saúde. Rio de Janeiro: SENAI/RJ
/ Petrobras. 2004.164 p.
CERJ. Manual e Procedimentos de Segurança. Rio de Janeiro. 2003.
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SIMULADORES DE ELETRICA E ELETRONICA
- 1-PAQUIMETRO-EM-MM
- 2-ESCALA-DE-POLEGADA
- 3-ESCALA-DE-MILE
- 4-MICROMETRO
- 5-ANEL-GRADUADO
- 6-REGUA-1-TxP
- 7-REGUA-2-TxP
- 8-TERMOMETRO
- 9-Manometro-bordon-Bar
- 10-Manometro-bordon-PSI
- 11-Manometro-em-I
- 12-BAROMETRO
- 13-Medidas-Vacuo
- 14-Vazao-capilar
- 15-UNIDADE-CALOR-CALORIA
- 16-UNIDADE-CALOR-1BTU
- 17-ZERO-ABSOLUTO
- 18-DILATACAO-AGUA
- 19-CIRCUITO-REFRIGERACAO
- 20-CIRCUITO-ELETRICO-REFRIGERADOR
- 21-CORTADOR-TUBO-FRIO
- 22-EXPANSAO-TUBOS-COBRE
- 23-Curvador-tubo
- 24-ALICATE-SELADOR-TUBO
- 25-UNIAO-TUBOS-FRIO
- 26-Recolhimento-gas
- 27-RELE-PTC
- 28-RELE-VOLTIMETRICO
- 29-Processo-Compressao
- 30-COMPRESSOR-ROTATIVO
- 31-COMPRESSOR-MAGNETICO
- 32-COMPRESSOR-SCROLL
- 33-COPRESSOR-AUTOMOTIVO
- 34-PRESSAO-ENTALPIA
- 35-Efeito-controle-vavula-expansao
- 36-REFRIGERADORES
- 37-CONDESADOR-AUTOMOTIVO
- 38-EVAPORADOR-AUTOMOTIVO
- 39-ACUMULADOR-SUCCAO
- 40-DIVISOR-UNIVERSAL
- 41-MAQUINA-LAVAR
- 42-INJETORA-PLASTICO
- 43-PRENSA-EXCENTRICA
- 44-CILINDRO-DE-SIMPLES-ACAO
- 45-IGNICAO-CONVENCIONAL
- 46-CIRCUITO-BASICO_ELETRICO1
- 47-CIRCUITO-BASICO_ELETRICO2
- 49-INTERRUPTOR-INTERMEDIARIO
- 50-FLUORESCENTE
- 51-Estrutura-dos-atomos
- 52-RESISTIVIDADE-ELETRICA
- 53-LEI-DE-OHM-EM-RESISTOR-FIXO
- 54-FUSIVEL
- 55-INTERRUPTOR-MOMENTANEO
- 56-PONTE-DE-WHEATSTONE
- 57-RESITENCIA-ESCALONADA
- 58-GERACAO-DE-CORRENTE-TRIFASICA
- 59-DEFASAGEM-DA-CORRENTE
- 60-SISTEMA-TRIFASICO3
- 61-TIPOS-DE-CORRENTES
- 62-bobinado-do-arno
- 63-FECHAMENTO-DAS-BOBINAS-DO-MOTOR-TRIFASICO
- 64-CHAVE-REVERSORA-MANUAL-MONOFASICA
- 65-RETIFICADOR-DE-ONDA-COMPLETA-EM-PONTE
- 66-Retificador-ondada-copleta-dois-diodos
- 67-soldagem-de-tubos-de-polietileno
- 68-DISJUTOR-CICLICO
- 69-DISTRIBUICAO-DAS-BOBINAS-DO-MOTOR-TRIFASICO-4-POLOS
- 70-SENTIDO-DA-CORRRENTE-CA-NO-DIODO
- 71-ALTA-TENSAO-DO-MICROONDAS
- 72-CARGA-E-DESCARGA-DO-CAPACITOR
- 73-CURVA-CARACTERISTICA-DO-DIODO
- 74-FONTE-CHAVEADA
- 75-TESTE-DO-TRANSISTOR-UNIJUNCAO
- 76-OSCILADOR-COM-TRANSISTOR-UNIJUNCAO
- 77-potenciometro
- 78-GERACAO-E-IMAGEM-TV
- 79-MONITOR-COLORIDO
- 80-SENSOR-CAPACITIVO
- 81-SENSOR-MAGNETICO
- 82-SENSOR-POR-INDUCAO
- 83-SENSOR-REFLEXIVEL
- 84-SIMULADOR-DE-INVERSOR-NAO
- 85-SIMULADOR-DE-PORTA-E-AND
- 86-SIMULADOR-DE-PORTA-NAO-OU-NOR
- 87-SIMULADOR-DE-PORTA-OU-OR
- 88-SIMULADOR-DE-PORTA-NAO-E-NAND
- 89-CIRCUITO-DE-MEMORIA
- 90-UMA-DAS-VATAGEM-GNV
- 91-PARTIDA-DIRETA
- 92-CHAVE-MAGETICA-COM-BOIA
- 93-REVERSAO-TRIFASICA
- 94-REVERSAO-INSTANTANEA
- 95-ESTRELA-TRIANGULO
- 96-PARTIDA-CONSECUTICA-SEM-PEMAN
- 97-PARTIDAS-CONSECUTIVAS-COM-PERMAN
- 98-CHAVE-MAGNETICA-COMPENSADORA
- 99-MOTOR-DAHLANDER
- 100-FRENAGEM-POR-CONTRA-CORRENTE
- 101-FRENAGEM-COM-CORRENTE-RETIFICADA
- 102-CHAVE-SERIE-PARALELO
- 104-DISTRIBUIDORES
- 105-LEVANTAMENTO-DE-CARGA
- 106-COMANDO-DE-REGISTRO
- 107-PUNCAO-PNEUMATICO
- 108-SERRA-PNEUMATICA
- 109-GUILHOTINA-PNEUMATICA
- 110-PORTA-PNEUMATICA
- 111-O-AUTOR-CONCRID-1980
- 112-O-AUTOR-CONCRID1984
- 113-INJETORA-DE-DESINFETANTE
- 114-FLIP-FLOP
- 115-GERACAO-DE-VACUO
- 116-Ciclo-reverso
- 117-LDR
- 118-Varistor-VDR
- 119-TERMISTOR
- 120-DIVISOR-DE-TENSAO
- 121-CI555
- 122-UNIDADE-MOVEL-EM-CORTE
- 123-ELEMENTO-LOGICO
- 124-VM10-Norgren-br01
- 125-RECARGA-CONSUMO-BATERIA
- 126-Automacao-Sequencial
- 127-curso-ATERRAMENTO
- 128-DISPOSITIVO-DIFERENCIAL
- 129-CHILLE
- 130-CARGA-REFRIGERANTE-LIQUIDO
- 131-MULTIMETRO
- 132-SOLDAGEM-OXI-ACETILENICA
- 133-NIVEL-RUIDO-COMPRESSOR
- 134-CONSUMO-REFRIGERADOR
- 136-GABINETE-REFRIGERADO
- 137-GOLPE-DE-ARIETE
- 137-TECUMSHE
- 138-ALICATE-VOLT-AMPERIMETRO
- 139-COMPRESSOR-AUTOMOTIVO
- 140-CIRCUITO-DE-CONTROLE
- 141-BOMBA-VACUO-COMPRESSOR-ALT
- 143-PELTIER
- 144-convert
- 145-Resistor1
- 146-circuito-refrigerador
- 147-EXPERIENCIAS
- 148-Unidade-didatica-para-AC
- 149-Circuito-eletrico-condicionador-de-ar
- 150-Paquimetro-virtual
- 151-Exercicio-de-leitura-paquimetro120Q
- 152-Exercicios-leitura-paquimetro-01mm
- 153-Exercicios-leitura-paquimetro-005mm
- 154-Exercicios-leitura-paquimetro-002mm
- 155-Exercicios-leitura-paquimetro-0001
- 156-Exercicios-leitura-paquimetro-0001-128
- 157-RELOGIO-COMPARADOR
- 158-RELOGIO-COMPARADOR2
- 159-SISTEMA-COM-CO2
- 160-SISTEMA-CO2-COMPLETO
- 161-exercicios-refrigeracao
- 162-Paquimetro-com-relogio
- 163-Aplicacao-de-Celula-de-carga
- 164-RETIFICADOR-DE-REBOLO
- 165-Funil-vibratori-pneumatico
- 166-GONIOMETRO
- 167-Goniometro-precisao
- 168-Torquimetro
- 169-arvore-de-natal-de-gelo
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O que é Tensão Elétrica?
Tensão elétrica
Tensão elétrica (denotada por ∆V), também conhecida como diferença de potencial (DDP), é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos ou a diferença em energia elétrica potencial por unidade de carga elétrica entre dois pontos. Sua unidade de medida é o volt – homenagem ao físico italiano Alessandro Volta – ou em joules por coulomb. A diferença de potencial é igual ao trabalho que deve ser feito, por unidade de carga contra um campo elétrico para se movimentar uma carga qualquer. Uma diferença de potencial pode representar tanto uma fonte de energia (força eletromotriz), quanto pode representar energia "perdida" ou armazenada (queda de tensão). Um voltímetro pode ser utilizado para se medir a DDP entre dois pontos em um sistema, sendo que usualmente um ponto referencial comum é a terra. A tensão elétrica pode ser causada por campos elétricos estáticos, por uma corrente elétrica sob a ação de um campo magnético, por campo magnético variante ou uma combinação de todos os três.
Tensão e Lei de Ohm
Por analogia, a tensão elétrica seria a "força" responsável pela movimentação de elétrons. O potencial elétrico mede a força que uma carga elétrica experimenta no seio de um campo elétrico, expressa pela lei de Coulomb. Portanto a tensão é a tendência que uma carga tem de ir de um ponto para o outro. Normalmente, toma-se um ponto que se considera de tensão=zero e mede-se a tensão do resto dos pontos relativamente a este.
A tensão elétrica entre dois pontos, ou seja [(+) e (-)] é definida matematicamente como a integral de linha do campo elétrico:
Para facilitar o entendimento da tensão elétrica pode-se fazer uma analogia entre esta e a pressão hidráulica. Quanto maior a diferença de pressão hidráulica entre dois pontos, maior será o fluxo, caso haja comunicação entre estes dois pontos. O fluxo (que em eletrodinâmica seria a corrente elétrica) será assim uma função da pressão hidráulica (tensão elétrica) e da oposição à passagem do fluido (resistência elétrica). Este é o fundamento da lei de Ohm, para a corrente contínua:
onde:
- R = Resistência (ohms)
- I = Intensidade da corrente (ampères)
- U = Diferença de potencial ou tensão (volts)
Em corrente alternada, substitui-se a resistência pela impedância:
onde:
- Z = Impedância (ohms)
Pelo método fasorial, em corrente alternada, todas as variáveis da equação são complexas. A impedância representa, além da resistência a passagem de corrente elétrica, também o deslocamento angular na forma de onda produzido pelo equipamento (capacitores e bobinas ou indutores).
Podemos resumir em tais fórmulas matemáticas que a tensão eléctrica seria a diferença de potencial elétrico, entre dois pontos, que geraria uma força capaz de movimentar os elétrons entre esses dois pontos distintos no espaço. O valor numérico desta grandeza física, medida em volts, seria então o resultado da multiplicação entre o valor da resistência (em ohms) e o valor da corrente (em ampères).
Efeitos da tensão no corpo humano
Ao receber uma corrente elétrica, do contrário do que o imaginário popular sugere, a tensão não tem grande relevância nos danos causados ao corpo, e sim a corrente (medida em ampere).
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O que é um Soft Starter
Os Soft Starter são equipamentos eletrônicos destinados ao controle da partida de motores elétricos de corrente alternada.
Os soft-starters são utilizados basicamente para partidas de motores de indução CA
(corrente alternada) tipo gaiola, em substituição aos métodos estrela-triângulo, chave
compensadora ou partida direta. Tem a vantagem de não provocar trancos no sistema, limitar
a corrente de partida, evitar picos de corrente e ainda incorporar parada suave e proteções.
Essas chaves contribuem para a redução dos esforços sobre acoplamentos e
dispositivos de transmissão durante as partidas e para o aumento da vida útil do motor.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
O soft-starter é um equipamento eletrônico capaz de controlar a potência do motor no
instante da partida, bem como sua frenagem. Ao contrário dos sistemas elétricos
convencionais utilizados para essa função (partida com autotransformador, chave estrela-
triângulo, entre outras).
Seu princípio de funcionamento baseia-se em componentes estáticos, os tiristores. O
esquema genérico de um soft-starter está ilustrado na Figura abaixo .
SENSIBILIDADE À SEQÜÊNCIA DE FASE
Os soft-starters podem ser configurados para operarem somente se a seqüência de fase
estiver correta. Esse recurso assegura a proteção, principalmente mecânica, para cargas que
não podem girar em sentido contrário (bombas, por exemplo). Quando há a necessidade de
reversão, podemos fazê-los com contatores externos ao soft-starter.
PLUG-IN
O plug-in é um conjunto de facilidades que podem ser disponibilizadas no soft-starter
por meio de um módulo extra, ou de parâmetros, como relé eletrônico, frenagem CC ou CA,
dupla rampa de aceleração para motores de duas velocidades e re-alimentação de velocidade
para aceleração independente das flutuações de carga.
ECONOMIA DE ENERGIA
A maioria dos soft-starters modernos têm um circuito de economia de energia. Essa
facilidade reduz a tensão aplicada para motores a vazio, diminuindo as perdas no entreferro,
que são a maior parcela de perda nos motores com baixas cargas. Uma economia significante
pode ser experimentada para motores que operam com cargas de até 50% da potência do
motor.
SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia
COMPRESSORES
O soft-starter reduz a manutenção e permite que compressores “críticos” sejam
desligados quando não forem necessários. Por outro lado, evita que eles sejam desligados no
funcionamento normal devido a fontes de alimentação muito fracas.
VENTILADORES
Os ventiladores, assim como as bombas, exigem um torque proporcional à velocidade,
porém, também têm grande inércia. Geralmente, o limite de corrente é utilizado para estender
o tempo de rampa, enquanto a inércia é vencida.
5. CONCLUSÃO
Nesse trabalho pode-se verificar que, são vários os processos de se realizar a partida
nos motores de indução trifásica. Cada um desses processos apresenta suas vantagens e
desvantagens, dependendo do aspecto particular ou do parâmetro que se quer considerar.
São muitas as grandezas envolvidas, tais como corrente de partida, torque inicial,
tempo de aceleração, números de operações consecutivas, etc, que o engenheiro projetista
deve conhecer em detalhes cada processo, para o dimensionamento e parametrização dos
vários componentes.
Durante muitos anos foram utilizados exclusivamente os dispositivos eletromecânicos,
com uso de contatores e relés, para partida dos motores de indução. Somente em algumas
pequenas aplicações, como no caso de bombas de recalque com vazão ajustável, é que se
utilizavam equipamentos para a variação da velocidade do motor de indução trifásico. Nesse
caso, a variação de velocidade era feita por meio de dispositivos com embreagens, com
grande perda de energia.
O aparecimento de circuitos eletrônicos controlados por tiristores veio permitir, não só
o controle de variação da velocidade do motor de indução trifásico em serviço, como também
o controle de realizar partidas e paradas suaves da máquina. Esses dispositivos eletrônicos
representam uma nova era no campo de aplicação do motor de indução trifásico, são os
conversores de freqüência e soft-starters que trazem grandes vantagens no controle de partida
e parada nos motores de indução trifásicos.
A conciliação do aproveitamento das vantagens ocasionadas, com a necessidade de se
eliminar alguns inconvenientes, é um apelo à capacidade dos engenheiros eletricistas no
sentido de se aperfeiçoar cada vez mais, os dispositivos de partida em motores de indução.
ALGUNS COMPONENTES DA SOFT-START
PLACA DE CONTROLE
A PLACA ELETRÔNICA DE CONTROLE CONTEM OS CIRCUITOS RESPONSÁVEIS PELO COMANDO,MONITORAÇÃO E PROTEÇÃO DOS COMPONENTES DA POTÊNCIA. ESTE CARTÃO CONTEM TAMBÉM CIRCUITOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO QUE SERÃO UTILIZADOS PELO USUÁRIO.
Função e descrição dos conectores da placa de controle:
X1 - Conector para alimentação da eletrônica.
X2 - Conector para entradas digitais / saídas a relés.
X3 - Conector para termostatos e transformadores de corrente.
X4 - Conector para disparo dos tiristores da fase R.
X5 - Conector para disparo dos tiristores da fase S.
X6 - Conector para disparo dos tiristores da fase T.
XC6 - Conector para IHM.
A alimentação da eletrônica é selecionável via jumper:
X9 - X10 = Jumper para 220 Vca
x9 - X11 = Jumper para 110 Vca
IHM
A IHM é uma interface simples que permite a operação e programação da Soft-Starter. Ela permite
as seguintes funções:
1- Indicação do Estado de operação da soft-starter, bem como das variáveis principais.
2- Indicação e reset dos erros.
3- Visualização e alteração dos parâmetros ajustáveis.
4- Operação da soft-starter
P61 estiver em ON.
DISSIPADORES DE CALOR EM ALUMÍNIO. ( DISSIPAR O CALOR PROVENIENTE DOS TIRISTORES )
CONJUNTO DE SOFT-START MONTADA EM CCM DA DESTILARIA ( PARA PARTIDA DE CENTRIFUGAS DE ÁLCOOL ) .
Fonte: Elétrica e suas Duvidas
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O que é um Inversor de frequência?
INVERSORES DE FREQÜÊNCIA
INTRODUÇÃO
A eletrônica de potência, com o passar do tempo, vem tornando mais fácil (e mais
barato) o acionamento em velocidade variável de motores elétricos. Com isto,
sistemas que antes usavam motores CC, pela facilidade de controle, hoje podem
usar motores CA de indução graças aos Inversores de Freqüência, também
chamados de Conversores de Freqüência. Em paralelo ao avanço da eletrônica de
potência, a microeletrônica, por meio de microprocessadores e
microcontroladores, tem auxiliado muito o acionamento de máquinas CA,
permitindo a implementação de funções complexas num tempo de processamento
cada vez mais curto. Isto tem permitido a implementação de sofisticados
algoritmos de controle que possibilitam o acionamento de alto desempenho com
o emprego de motores de indução de série.
A título de exemplo, podemos citar que motores de indução acionados por meio de
Inversores de Freqüência podem substituir, com vantagens, os sistemas de
controle de fluxo com válvulas (bombas) ou dampers (ventiladores).
Descrição do Funcionamento.
Atualmente, a necessidade de aumento de produção e diminuição de custos, se fez
dentro deste cenário surgir a automação, ainda em fase inicial no Brasil, com isto uma
grande infinidade de equipamentos foram desenvolvidos para as mais diversas variedades
de aplicações e setores industriais, um dos equipamentos mais utilizados nestes processos
conjuntamente com o CLP é o Inversor de Freqüência, um equipamento versátil e
dinâmico,vamos expor agora o princípio básico do inversor de freqüência.
Um inversor de frequência é um dispositivo capaz de gerar uma tensão e freqüência
trifásicas ajustáveis, com a finalidade de controlar a velocidade de um motor de indução
trifásico.
RESUMO
O que é um inversor de frequência?
Por Lucas Lino, técnico da Digel Elétrica Ltda.
Um inversor de frequência nada mais é do que um equipamento eletrônico capaz de variar a velocidade de giro de motores elétricos trifásicos.
O nome “inversor de frequência” é dado pela sua forma de atuação, mas para entendermos melhor isso, precisamos saber como funciona um motor trifásico.
Motor elétrico de indução trifásico:
O funcionamento de um motor elétrico de indução trifásico, embora altamente eficiente, é muito simples. Ele apenas “imita” a frequência da rede onde está ligado. A frequência da rede de corrente alternada é a quantidade de vezes que ela alterna por segundo e é através da unidade Hertz (Hz), ou seja, uma rede de 60Hz alterna 60 vezes em um segundo. Essa tensão oscilante passa pelas bobinas do motor e forma um campo giratório e o motor tende a segui-lo, então, quanto mais alta for a frequência, mais rápido será esse campo e mais rápido o motor tenderá a girar.
O inversor de frequência tem como principal função alterar a frequência da rede que alimenta o motor, fazendo com que o motor siga frequências diferentes das fornecidas pela rede, que é sempre constante. Desta forma podemos facilmente alterar a velocidade de rotação do motor de modo muito eficiente.
O uso de inversores de frequência é responsável por uma série de vantagens, dependendo dos modelos oferecidos pelos fabricantes, são unidas a capacidade de variar a velocidade com controles especiais já implantados no equipamento. Esses controles proporcionam além da total flexibilidade de controle de velocidade sem grande perda de torque do motor, aceleração suave através de programação, frenagem direta no motor sem a necessidade de freios mecânicos além de diversas formas de controles preferenciais e controles externos que podem ser até por meio de redes de comunicação. Tudo isso com excelente precisão de movimentos.
Além destas vantagens, os inversores ainda possuem excelente custo-benefício, pois proporcionam economia de energia elétrica, maior durabilidade de engrenagens, polias e outras transmissões mecânicas por acelerar suavemente a velocidade.
A possibilidade de eliminar reduções mecânicas do projeto também é possível, assim mais economia será possível.
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Matérias do Blog Ensinando Elétrica
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Partida Compensada (Auto - Trafo)
Resumo sobre o que é uma Partida Chave Compensada.
A partida compensadora ou chave compensadora é utilizada para partidas sob cargas de motores de indução trifásicos com rotor em curto-circuito, onde a chave estrela-triângulo é inadequada. A norma prevê a utilização desta chave para motores, cuja potência seja maior ou igual a 15 CV. Esta chave reduz a corrente de arranque, evitando sobrecarregar a linha de alimentação. Deixa, porém, o motor com conjugado suficiente para a partida.
A tensão na chave compensadora é reduzida através de um autotransformador trifásico que possui geralmente taps de 50%, 65 % e 80% da tensão nominal.
Durante a partida alimenta-se com a tensão nominal o primário do autotransformador trifásico conectado em estrela e do seu secundário é retirada à alimentação para o circuito do estator do motor.
A passagem para o regime permanente faz-se desligando o autotransformador do circuito e conectando diretamente a rede de alimentação no motor trifásico.
Este tipo de partida normalmente é indicado para motores de potência elevada, acionando cargas com alto índice de atrito, tais como, como acionadores de compressores, grandes ventiladores, laminadores, moinhos, bombas helicoidais e axiais (poço artesiano),britadores, máquinas acionadas por correias, etc.
by Luis Antonio Correia
A partida compensadora ou chave compensadora é utilizada para partidas sob cargas de motores de indução trifásicos com rotor em curto-circuito, onde a chave estrela-triângulo é inadequada. A norma prevê a utilização desta chave para motores, cuja potência seja maior ou igual a 15 CV. Esta chave reduz a corrente de arranque, evitando sobrecarregar a linha de alimentação. Deixa, porém, o motor com conjugado suficiente para a partida.
A tensão na chave compensadora é reduzida através de um autotransformador trifásico que possui geralmente taps de 50%, 65 % e 80% da tensão nominal.
Durante a partida alimenta-se com a tensão nominal o primário do autotransformador trifásico conectado em estrela e do seu secundário é retirada à alimentação para o circuito do estator do motor.
A passagem para o regime permanente faz-se desligando o autotransformador do circuito e conectando diretamente a rede de alimentação no motor trifásico.
Este tipo de partida normalmente é indicado para motores de potência elevada, acionando cargas com alto índice de atrito, tais como, como acionadores de compressores, grandes ventiladores, laminadores, moinhos, bombas helicoidais e axiais (poço artesiano),britadores, máquinas acionadas por correias, etc.
by Luis Antonio Correia
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Periculosidade todo Eletricista tem direito?
TODO ELETRICISTA DEVE GANHAR ADICIONAL DE PERICULOSIDADE?
Prezados leitores.
No dia 08 de dezembro de 2012, entrou em vigor a Lei 12.740 (que alterou o art. 193 da CLT). Essa lei incluiu entre os trabalhadores que fazem jus ao adicional de periculosidade, os profissionais expostos “de forma permanente, a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial”.
Um outro objetivo dessa lei, foi a revogação da Lei 7.369/1985, que versava sobre o adicional de periculosidade em trabalhadores expostos à eletricidade (obs.: no site do Palácio do Planalto, essa lei já aparece como revogada). Por sua vez, essa lei "era" regulamentada especificamente pelo Decreto 93.412/1986. Nos parecia razoável admitir que se a lei foi revogada, o decreto que regulamentava a mesma lei também tivesse sido revogado. No entanto, constatamos em 31/12/12, no site do Palácio do Planalto, que esse mesmo decreto aparece como vigente, apesar da revogação da Lei 7.369/1985. O anexo desse decreto delimita quem pode (ou não) receber adicional de periculosidade em virtude da exposição à eletricidade.
Com a revogação da Lei 7.369/1985, teoricamente, fica valendo somente a genérica redação do novo art. 193 da CLT, que assim coloca:
“São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (...) energia elétrica.”
Ao descrever apenas “energia elétrica”, o novo art. 193 da CLT aumentou a abrangência dos profissionais que fazem jus ao adicional de periculosidade em virtude dessa exposição. Tudo nos leva a crer (por uma questão de interpretação literal do novo texto celetista), que a partir de agora, independente de ser um sistema elétrico de potência (SEP) ou sistema elétrico de consumo (SEC), independente se uma rede elétrica tenha voltagem abaixo ou acima de 1.000 V, enfim, nada disso importa: o trabalhador terá direito ao adicional de periculosidade.
No entanto, por cautela, é bom que aguardemos um posicionamento definitivo do Ministério do Trabalho (o que ocorreu em 16 de julho de 2014 - veja abaixo) quanto a seguinte pergunta: o novo art. 193 da CLT revoga (de fato e de direito) o antigo Decreto 93.412/1986? Bons debates hão de vir.
Ministério do Trabalho regulamenta atividades e operações perigosas com energia elétrica
Trata-se de Portaria 1.078 de 16 de julho de 2014. O texto estabelece o Anexo IV da NR-16, e foi publicado no Diário Oficial da União dia 17 de julho de 2014. Confiram através do link abaixo:
Trata-se de Portaria 1.078 de 16 de julho de 2014. O texto estabelece o Anexo IV da NR-16, e foi publicado no Diário Oficial da União dia 17 de julho de 2014. Confiram através do link abaixo:
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EMPRESA QUE SONEGOU INFORMAÇÕES SOBRE RISCOS NO TRABALHO É CONDENADA A RETIFICAR PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DE EX-EMPREGADO
Um trabalhador ajuizou ação contra a sua ex-empregadora pedindo a retificação do seu Perfil Profissiográfico Previdenciário (formulário PPP). Isto porque a empresa sonegou informações acerca das condições perigosas que envolviam o trabalho dele, pela exposição a riscos elétricos. É fato que, ao preencher o Perfil Profissiográfico do empregado, as empresas devem fazer constar nele todas as informações referentes ao empregado durante o contrato de trabalho, como as atividades exercidas por ele, se esteve exposto a agentes nocivos a sua saúde, além de exames médicos clínicos. Mas, em defesa, a empregadora negou a acusação, sustantando que o Pefil Profissiográfico do reclamante reflete a correta avaliação das condições de segurança e higiene no trabalho, enquanto este foi seu empregado.
Ao analisar o caso na 2ª Vara do Trabalho de Coronel Fabriciano, o juiz Edson Ferreira de Souza Júnior determinou a realização de perícia técnica para apuração da periculosidade. E o perito concluiu que o reclamante esteve exposto a risco de descarga elétrica em condições de periculosidade, nos termos do Decreto nº 93.412/1986, e isso não foi registrado no formulário PPP do ex-empregado.
A reclamada não concordou com a conclusão do perito e sustentou que o reclamante, atuando na manutenção e reparo, trabalhava em fontes consumidoras e com equipamentos desernegizados, o que afastaria tanto o risco de descarga elétrica, quanto o enquadramento do ex-empregado como eletricitário. Mas, de acordo com os esclarecimentos do perito, o conceito de eletricitário abrange todo empregado que se envolva em atividades no sistema elétrico de potência, de forma permanente ou intermitente, e não apenas aqueles que trabalham em empresas do setor de geração e distribuição de energia, nos termos da Orientação Jurisprudencial nº 324 da SDI-I do Tribunal Superior do Trabalho.
Acolhendo as conclusões do laudo pericial, o juiz sentenciante condenou a reclamada a retificar os dados do Perfil Profissiográfico Previdenciário do reclamante, determinando o registro das condições de risco de descarga elétrica a que o trabalhador esteve exposto, por todo o período contratual, sob pena de multa diária de cem reais, limitada a dez mil reais, atualizada com juros e correção monetária quando da liquidação da sentença. A ré interpôs recurso ordinário, mas o TRT-MG manteve a decisão de 1º Grau.
Processo número: 0002051-53.2012.5.03.0034 RO
Fonte: TRT/MG.
COMENTÁRIOS SOBRE O ASSUNTO.
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Mas haverá aumento de custo na folha de pagamento das empresas de construção civil, hospitalar, manutenção, entre outros em 30% no adicional desses profissionais.
se é permnanente vc tem que trabalhar todo seu tempo exposto ao risco!!!!
Gostaria de saber, se tenho direito de receber o adicional de periculosidade?
Gostaria de saber, se tenho direito de receber o adicional de periculosidade?
Responder
Como esse é um tema bastante controverso,busquei algumas informações e encontrei respaldo nalgumas súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST.
Atentem para o que diz a Orientação Jurisprudencial n.º 324 da SBDI-I do TST:
" -É assegurado o adicional de periculosidade apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, ou que o façam com equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente, ainda que em unidade consumidora de energia elétrica.- Assim, ainda que o trabalho não seja prestado em unidade fornecedora de energia elétrica, mas consumidora, é devido o adicional de periculosidade, desde que as atividades sejam desenvolvidas mediante contato com
equipamentos e instalações elétricas similares, que ofereçam risco equivalente."
Sendo assim,como a lei é questão de interpretação e arguição, seu direito passa a depender da capacidade e competência do advogado que constituí.
Afinal,a lei existe e está aí pra ser cumprida.Basta ser provocada.É isso!
O profissional que trabalha em rede desenergizada, não tem o direito ao adicional?
Desde já agradeço.